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Saiba quais devem ser as primeiras estações do metrô de Salvador a mudar de nome

Ao menos cinco empresas já demonstraram interesse em ter seus nomes associados ao modal

  • Foto do(a) author(a) Maysa Polcri
  • Maysa Polcri

Publicado em 29 de julho de 2025 às 17:56

Metrô
Metrô de Salvador Crédito: Ulisses Dumas/ Divulgação

Os nomes das estações de metrô de Salvador deverão ganhar um complemento em breve. Isso porque a empresa que administra o modal negocia a venda do naming rights - direitos de nome - para, ao menos, cinco empresas interessadas. A tendência, que pode chegar à capital baiana ainda neste ano, já é realidade em outras cidades brasileiras. As marcas ganham visibilidade no meio de transporte por onde 400 mil pessoas circulam diariamente, enquanto o metrô aumenta a receita. 

O objetivo da Motiva (anteriormente grupo CCR) é negociar os direitos de nome de todas as 22 estações do metrô de Salvador. O movimento é semelhante ao que aconteceu na Arena Fonte Nova, que passou a se chamar Casa de Apostas Arena Fonte Nova, após fechar um acordo de R$ 13 milhões por ano. Em entrevista ao CORREIO, o diretor comercial da Motiva, João Pita, falou sobre os planos e estratégias da empresa para a mudança dos nomes das estações soteropolitanas. 

João Pita explica que cada contrato é analisado particularmente e que, a depender do acordo, os nomes podem mudar completamente ou as estações podem ganhar um 'sobrenome' relacionado à marca que comprou os direitos. O segundo modelo é mais comum e já é utilizado em cidades como São Paulo. Entre as estações rebatizadas na capital paulista estão 'Paulista Pernambucanas' e 'Morumbi Claro'. Quanto mais centrais e movimentadas, maior o interesse das empresas, como detalha o diretor comercial. 

"Obviamente que estações mais centrais, que geram transferência de uma linha para outra e têm alta demanda, tendem a ser mais visadas por marcas e anunciantes. Na Bahia, é o caso da estação Acesso Norte. Fora essa, têm muitas outras, que estão na Avenida Paralela e em outros pontos da cidade, que têm atratividade natural pelo entorno", cita João Pita quando questionado sobre quais seriam as estações mais buscadas inicialmente pelas empresas. A proximidade de escritórios corporativos e grandes comércios também é levada em consideração. 

Qualquer empresa pode comprar? 

No final de 2023, uma polêmica envolvendo os direitos de nome movimentou o mundo do futebol baiano. A Fatal Model, site de acompanhantes, fez uma proposta de R$ 200 milhões para unir o nome da marca ao Esporte Clube Vitória e realizar melhorias no departamento de futebol. A oferta gerou polêmica entre os torcedores, que se manifestaram contra a proposta em uma enquete aberta pelo time. A mudança do nome do estádio Barradão, no entanto, foi bem vista pelos torcedores. 

Nenhum dos acordos foi fechado, mas a polêmica engrossou o caldo da discussão: existe limite para o lucro com a venda dos direitos de nome? João Pita, diretor da Movida, não gosta de falar em proibições de empresas, mas avalia que as marcas consideradas precisam "fazer sentido" com o serviço prestado à população. 

"Temos uma grande preocupação em atrair marcas que façam sentido com o nosso posicionamento de marca e para o que significa o metrô Bahia. Definimos um conjunto de marcas e elaboramos um plano para cada uma delas. Cada parceria é personalizada, e podemos ter ação em múltiplos canais", afirma João Pita. O objetivo é que as empresas não apenas comprem o nome das estações, mas elaborem um conjunto de ativações para chamar a atenção dos passageiros. 

Quanto custa? 

Mudanças dos nomes nas placas de sinalização, nos avisos sonoros do metrô, painéis e mapas precisam ser levadas em consideração no momento de fechar o negócio. João Pita não revela os valores negociados em Salvador, mas acordos feitos em outras cidades podem dar pistas de quanto é preciso investir para uma marca ser "dona" de uma estação. 

Em dezembro do ano passado, o metrô de São Paulo assinou contrato para a concessão parcial do nome da estação Vergueiro junto ao Sebrae - que arcou com os custos iniciais para a renovação da comunicação visual na estação e nos trens, estimados em R$ 1,2 milhão. O valor da operação ao longo dos cinco anos de concessão é de R$ 10,8 milhões, sendo pago mensalmente ao metrô o valor de R$ 200 mil. O metrô da capital paulista anunciou, nesta terça-feira (29), que a estação Adolfo Pinheiro terá naming rights da Universidade Santo Amaro (Unisa).

Em Salvador, há possibilidade que as primeiras estações mudem de nome ainda neste ano. "Faremos o possível e o impossível para que as mudanças ocorram ainda neste ano. Queremos que seja possível no mais curto espaço de tempo, depois que conseguirmos todas as aprovações com o poder concedente", planeja João Pita. O Governo do Estado deverá dar o aval para as mudanças de nome. Até agora, nenhuma proposta de naming rights foi apresentada ao governo.