Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Mario Bitencourt
Publicado em 17 de agosto de 2018 às 05:00
- Atualizado há 2 anos
Sobra tempo, mas nem sempre há dinheiro – ou até mesmo disposição – para se fazer um curso e se manter atualizado quando se está desempregado. Mas não tem outro jeito, se o desejo é permanecer fora do rol de desalentados (pessoas que desistiram de procurar emprego) na Bahia, o estado que registra o maior número de pessoas nesta situação - são 887 mil pessoas.>
Quem deseja uma vaga no mercado de trabalho tem ser tão disciplinado quanto se já estivesse trabalhando, e ficar atento a vários procedimentos.>
Dentre eles, estão saber elaborar da forma certa o currículo, manter atualizados os dados e contatos (como e-mail e celular), e se direcionar para vagas específicas. “A pessoa que sai atirando para tudo que é lado, na busca por conseguir um emprego, não consegue emprego fácil”, afirma o gerente de recrutamento e seleção da DConsultoria e Recursos Humanos Domingos Assis.>
“Uma vez abrimos vaga apara estagiário e recebemos email de um engenheiro querendo se candidatar á vaga. É algo que a pessoa não pode fazer, por mais necessitada que ela esteja de ganhar dinheiro. Isso será ruim para o futuro dela, para a carreira. Ela vai regredir muito fazendo um trabalho de iniciante”, comentou.>
Com mais de um milhão de currículos no banco de dados, muito dos quais passam por ele, Assis observa que um dos grandes problemas dos candidatos é a falta de preparação. “Tem gente que sai da faculdade e não sabe fazer uma redação de 10 linhas, argumentar, organizar as ideias de forma lógica, aí complica”, disse.>
Outro problema que ele vê cotidianamente: a falta de checagem das pessoas à caixa de email: “Hoje, muita gente tem celular com internet, mas nem sempre usa para olhar o email, e acontece de agente aqui chamar a pessoa para entrevista, por meio do email que ela deixou no currículo, mas ela vai olhar três a cinco dias depois a mensagem. Não temos como sair ligando para todo mundo, é por email mesmo”.>
Para Assis, as pessoas devem saber mais usar a internet e os meio que se tem para ter acesso a ela. “Por um celular, você consegue ter acesso a muita informação. Não é preciso estar em frente a um computador para fazer um curso ou ler algo que vai favorecer a ter mais conhecimento e aperfeiçoamento para a sua carreira. A pessoa tem de se ligar mesmo e não perder tempo”.>
No SineBahia, órgão do Governo da Bahia e um dos principais meios de recrutamento de para quem busca emprego no estado e por meio do qual 17,5 mil pessoas entraram no mercado de trabalho este ano, quem busca emprego tem a opção de fazer cursos gratuitos ou assistir a palestras sobre como melhorar o desempenho profissional, enquanto aguarda atendimento. >
“Oferecemos ao menos oito cursos que visam dar assistência as pessoas que geralmente não podem pagar para ter essa orientação sobre vários assuntos inerente ao emprego. Desde a forma de falar, se comportar, de vestir, de como preparar um currículo, de direcionar as atividades que deseja atuar”, explicou o coordenador geral do SineBahia Hildásio Pitanga.>
Para quem está em busca de emprego, Pitanga observa que o segundo semestre do ano é de maior aquecimento nas áreas de serviços, atendimento ao cliente, vendas e comunicação. “Então, é importante que as pessoas que têm perfil para esse setores que estejam com seus contatos atualizados, que olhem e-mails, e sobretudo que se qualifiquem para quando a oportunidade surgir”, sugeriu.>
Tanto Domingos Assis quanto Hildásio Pitanga orientam que as pessoas que estejam em busca de vagas fiquem atentas quanto a propostas maliciosas, sobretudo as que se referem a cobrança para participar da seleção. Importante, dizem, é se informar primeiro sobre para onde estão enviando os currículos.>