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Paulo Souto celebra 30 anos do SAC e alfineta PT por 'tentativa de reescrever a história'

Criado em 1995, modelo baiano de atendimento inspirou programas no Brasil e no exterior

  • Foto do(a) author(a) Pombo Correio
  • Pombo Correio

Publicado em 1 de setembro de 2025 às 12:33

Paulo Souto
Paulo Souto Crédito: Divulgação

O ex-governador Paulo Souto relembrou nesta segunda-feira (1º) a criação do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC), que completou três décadas de funcionamento. Implantado em 1995, durante seu primeiro mandato, o programa nasceu em Salvador, no Instituto do Cacau, e foi apresentado por ele como um “shopping de serviços públicos”.

“Com apenas oito meses de governo, inauguramos a primeira loja do SAC. O primeiro cidadão atendido conseguiu resolver em 20 minutos um problema que o atormentava há seis anos. Aquilo simbolizava o que queríamos: rapidez, eficiência e respeito ao cidadão”, destacou Souto, que governou a Bahia entre 1995 e 1998 e de 2003 a 2006.

Nos dois primeiros meses de funcionamento, o SAC atendeu 158 mil pessoas, atraindo a atenção de autoridades nacionais. O então ministro da Administração e Reforma do Estado, Luís Carlos Bresser Pereira, visitou a unidade e classificou o projeto como “um grande avanço para o serviço público brasileiro”.

O formato baiano se tornou referência dentro e fora do país. Em 1997, São Paulo lançou o Poupatempo inspirado no SAC. No mesmo período, nasceu o SAC Móvel, que levou os serviços para diferentes regiões da Bahia. O modelo também recebeu atenção internacional: a consultora Kate Jenkins, ligada ao governo de Margaret Thatcher, esteve em Salvador, e representantes de Portugal estudaram implantar o sistema em Açores e Madeira. A ONU chegou a considerar a iniciativa um exemplo mundial de eficiência, com incentivo para sua adoção em países da Ásia, Europa, América Latina e África.

“A ideia era simples, mas revolucionária: dar eficiência, dignidade e respeito ao tempo das pessoas. O sucesso foi tão grande que o SAC se tornou inspiração para programas semelhantes em outros estados e até em outros países. Hoje, ao completar 30 anos, tenho orgulho de saber que esse serviço continua sendo uma referência e que milhões de baianos foram beneficiados por uma iniciativa que nasceu do nosso compromisso em modernizar a gestão pública e aproximar o governo da população”, afirmou.

Além das comemorações, Souto criticou a forma como o governo da Bahia, sob gestão do PT há 19 anos, tratou a data. Na semana passada, a administração estadual publicou nota comparando o cenário de 2006 com os avanços recentes, o que, para ele, foi uma tentativa de minimizar conquistas do período em que esteve à frente do Executivo.

Entre os pontos contestados, o ex-governador rebateu a ideia de que, em 2006, o SAC não era moderno. “Desde a inauguração, nós utilizamos o que havia de mais avançado no mundo, tanto que foi reconhecido por diversos organismos nacionais e internacionais, como a ONU”, disse. Também contestou a atribuição do formato Ponto SAC ao atual governo: “Esse formato compacto já estava planejado e registrado no relatório final do meu segundo governo.”

Outro argumento apresentado por Souto diz respeito ao número de atendimentos. A própria nota oficial registra 235 milhões de serviços realizados desde a fundação do SAC, sendo 143 milhões nos últimos 19 anos. Para ele, os dados mostram desempenho equilibrado entre as gestões. “Nos primeiros 12 anos foram 92 milhões de atendimentos, ou seja, 7,66 milhões por ano, contra 7,52 milhões anualmente nos governos do PT. É uma lamentável tentativa de reescrever a história.”

Em tom crítico, o ex-governador ironizou o posicionamento dos adversários: “Na verdade, eu já me acostumei com a tese do PT de que a Bahia foi descoberta em 2007.” E concluiu: “O SAC foi, e continua sendo, um marco de cidadania. É triste ver um governo usar um serviço tão importante para tentar descredibilizar adversários. E o pior, fazem isso com um serviço que é do povo da Bahia.”