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Peixe invasor com espinhos venenosos é encontrado em destino turístico da Bahia

Espécie não tem predador na região e apresenta risco para banhistas e ecossistema do local

  • Foto do(a) author(a) Esther Morais
  • Esther Morais

Publicado em 22 de julho de 2025 às 13:18

Peixe foi encontrado na cidade de Maraú Crédito: Reprodução/TV Bahia

Um peixe invasor - ou seja, uma espécie incomum na região - com espinhos venenosos foi encontrado na Península de Maraú, destino turístico no baixo sul da Bahia. Trata-se do peixe-leão, conhecido também por seu veneno presente nas nadadeiras, que pode causar dor intensa a humanos.

Segundo a bióloga da Secretaria do Meio Ambiente de Maraú, Stella Furlan, a presença do animal é um risco ambiental porque ele não tem predadores na região. Assim, ele pode diminuir o desenvolvimento de outros peixes e crustáceos, além de impactar a cadeia de pesca, causando um desequilíbrio no ecossistema. 

Peixe foi encontrado na cidade de Maraú por Reprodução/TV Bahia

"Eles colocam 30 mil ovos que se desenvolvem em 26 dias. Se alimentam de peixes. Em média, comem 30 peixes por 20 minutos", disse a especialista para a TV Santa Cruz.

Ela ainda alerta que os humanos precisam ter cuidado por causa do veneno. A infecção pode causar dor e até convulsão. A orientação é capturar o animal - tendo cuidado com os espinhos -, registrar o fato e acionar o Instituto Do Meio Ambiente E Recursos Hídricos (Inema). O peixe encontrado no sul baiano já foi capturado. 

O animal é facilmente reconhecível pelas suas listras verticais (marrom-avermelhadas e brancas) e pelas nadadeiras peitorais e dorsais longas e pontiagudas, que se espalham como uma espécie de leque. 

Mais de 5 toneladas de espécie invasora são retiradas da Baía de Todos-os-Santos

Além do peixe, há mais espécies invasoras nas praias baianas. Na última quarta-feira (17), mais de cinco toneladas de uma espécie invasora de corais foi retirada das águas da Baía de Todos-os-Santos. A força-tarefa se concentrou em pontos críticos da costa da Ilha de Itaparica, como a ponte da Marinha, a Marina e a área de Pandelis, em parceria com o Inema e o Instituto Promar.

A operação foi liderada pela Prefeitura de Itaparica, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Sedur), e tinha o objetivo de conter os impactos causados pelo octocoral Chromonephthea braziliensis. No total, foram removidos 5.549,57 quilos de organismos invasores: 2.939,42 kg na primeira etapa, na Ponte da Marinha, e outros 2.610,15 kg na segunda, que abrangeu novamente a ponte, além da Marina e Pandelis.

Mais de 5 toneladas de espécie bioinvasora foram retiradas da Baía de Todos-os-Santos por SEMA/INEMA e PRÓMAR

A retirada do coral bioinvasor Chromonephthea braziliensis, espécie que se prolifera de forma acelerada, é considerada essencial para a preservação dos ecossistemas marinhos, já que sua presença compromete a fauna e flora nativas e interfere na cadeia alimentar local.

“Esse trabalho é resultado de uma união de forças e demonstra que, com parcerias sérias e planejamento técnico, é possível enfrentar ameaças ambientais com responsabilidade”, afirmou o secretário de Meio Ambiente de Itaparica, Luís André Reis Rocha.