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Da Redação
Publicado em 24 de setembro de 2021 às 05:00
- Atualizado há 2 anos
A crise econômica provocada pela pandemia do coronavírus levou muitas pessoas a buscar no empreendedorismo uma alternativa de sustento – seja como uma compensação pelo emprego perdido, ou como um complemento de renda. Ao mesmo tempo, as medidas para conter o avanço do vírus trouxeram novos desafios a quem toca pequenos negócios. O caminho para superar essas dificuldades é o investimento em capacitação e qualificação, acredita Rosângela Gonçalves, analista do Sebrae Bahia. >
“O Brasil tem uma veia nata ao empreendimento. Durante o período da pandemia, o país saiu do quarto lugar para o sétimo em atuação empreendedora, mas ainda assim estamos falando de uma vocação nata”, ressaltou Rosângela durante a participação no Programa Política & Economia, transmitido ao vivo ontem no Instagram do CORREIO (@correio24horas), com a apresentação do jornalista Donaldson Gomes. >
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Ela lembra ainda que empreender é o quarto sonho dos brasileiros, atrás apenas da casa própria, carro e viagem. “Tem muita gente buscando empreender, seja por necessidade, dentro do contexto pandêmico, ou mesmo porque vislumbrou uma boa oportunidade”, diz. >
“Para quem está começando agora é muito importante saber responder a uma pergunta: ‘por que você quer empreender?’ Empreender é desafiador, tem muita coisa que as pessoas precisam aprender”, destaca, citando a parte financeira, atendimento e divulgação. “A realidade dos pequenos negócios é a do ‘euquipe’, em que o empresário precisa fazer tudo sozinho”, descreve. >
Neste sentido, ela aponta como o primeiro passo saber no que pretende empreender, ou pelo menos ter uma ideia em relação ao negócio. “Se essa ideia culminar com o gosto da pessoa, ou uma aptidão, ou competência, melhor ainda”, completa. “A curva de aprendizagem é um pouco menor”. >
Segundo Rosângela, diversas ferramentas podem auxiliar o candidato a empreender no processo de teste das ideias. Ela lembra inclusive que o Sebrae oferece inclusive ideias de negócios, com informações sobre diversas áreas de atuação. “Para começar, a coisa mais importante é saber o que pretende fazer e se existe uma demanda de mercado para aquilo”. >
Planejamento Pequeno porte ou mesmo a falta de estrutura em um pequeno negócio não são desculpas para que as micro e pequenas empresas abram mão do trabalho de planejamento. Pelo contrário, quanto menor, mas importante conhecer o negócio e otimizar o uso dos recursos disponíveis, avisa Rosângela. >
“Eu não estou falando de ter uma estrutura de planejamento engessada, mas acredito que qualquer negócio precisa saber onde quer chegar, como atingir metas de aumento nas vendas”, pondera a analista do Sebrae Bahia. “Planejar vai ajudar o negócio a ser mais assertivo na busca da monetização, vai ajudar a prever situações”, acredita. >
Ela cita a necessidade de estabelecer controles financeiros, “nem que seja num caderninho”, diz, mesmo lembrando que o próprio Sebrae disponibiliza planilhas para o controle financeiro. Ela recomenda a definição pequenos objetivos e metas, além de mecanismos para acompanhar o cumprimento deles. “Faça nas condições que você tem”. >
“Não existe uma receita, mas existem caminhos para o sucesso e isso passa pelo planejamento”, diz. “A definição de pequenas metas pode ter um efeito muito positivo. Se alguém vende 50 unidades de um produto e estabelece como meta passar a vender 100 já deu um importante passo. Depois disso é buscar o caminho para este crescimento”. >
Aposta no digital vale para todas as empresasA transformação digital é uma realidade, mas não apenas para as grandes empresas, avisa a analista do Sebrae Bahia, Rosângela Gonçalves. “Meu conselho para os pequenos negócios é que ele recorram às tecnologias disponíveis. O digital é uma grande arma”, acredita. >
Ela explica que isso passa por mudanças de cultura organizacional, atitudes e muitos processos de produção. O primeiro passo disponível é buscar ter presença na internet. “As micro e pequenas empresas precisam ocupar os espaços disponíveis nas redes sociais, nas mídias online. Abrir mão disso é fatal”, acredita. >
“A tecnologia pode ajudar a ter mais escala e a se relacionar melhor com os clientes”, explica. O exemplo, cita, é o Whatsapp Business, com uma série de ferramentas que ajudam na organização do negócio e até no processo de vendas. “O primeiro passo é mapear as tecnologias disponíveis e ver quais se encaixam nas necessidades do negócio” Rosângela recomenda o programa de ensino à distância do Sebrae para quem deseja investir em capacitação gastando pouco ou até, em muitos casos, sem gastar nada.>
Segundo ela os cursos podem ser feitos de acordo com a disponibilidade de tempo dos interessados. Neste caso, as oportunidades estão disponíveis até para quem ainda não tem um CNPJ. >
Para quem já tem uma pessoa jurídica constituída, a dica dela é a participação na Semana Sebrae, entre os dias 4 a 8 de outubro. “A qualificação contínua é o grande segredo para o sucesso no mercado”. O evento, que está na sua sexta edição, e já atendeu mais de 100 mil empresas, este ano traz entre as novidades o “Power Kit”, que traz conteúdos sobre vendas e pode ser baixado gratuitamente no site www.semanasebrae.com.br. O conteúdo pode ser baixado antes mesmo da realização do evento. “São diversas ferramentas e conteúdos que irão ajudar as pessoas a compreenderem melhor o mundo digital e a vender mais”, afirma. >
Na programação, estão previstas ações online e outras presenciais. >
Semana Sebrae O que 6ª Semana de Capacitação Empresarial, evento consolidado no calendário empreendedor da Bahia, que já reuniu, nas edições anteriores, mais de 123 mil inscritos>
Quando Entre os dias 4 e 8 de outubro >
Onde Online e presencial (em Salvador, no Centro de Exposições)>
Inscrições Em www.semanasebrae.com.br, apenas para quem tem CNPJ >
O programa Política & Economia desta quinta-feira (23) foi realizado em parceria com o Sebrae>