PM e esposa suspeitos de estupro de duas meninas são indiciados na Bahia

As jovens trabalharam fazendo serviços domésticos na casa do casal por cerca de um ano

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  • Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2015 às 17:02

- Atualizado há um ano

Um soldado da Polícia Militar e a esposa dele foram indiciados por suspeita de estupro de duas meninas de 12 e 14 anos, na cidade de Medeiros Neto, Extremo-Sul da Bahia. O delegado responsável pelo caso, Saney Simões, concluiu o inquérito na segunda-feira (5) e o encaminhou para o Ministério Público do Estado (MP-BA). Cabe ao MP-BA, caso ache procedente, oferecer denúncia aos acusados. Em depoimento, o PM, que não teve o nome divulgado, negou as acusações.

A denúncia contra o policial e a esposa dele foi feita no dia 28 de setembro. As jovens trabalharam fazendo serviços domésticos na casa do casal por cerca de um ano. A garota de 14 anos chegou a trabalhar como babá para o filho do PM, mas deixou a função depois que se desentendeu com a esposa do policial.

De acordo com o coordenador regional da 8ª Coordenadoria Regional do Interior (Coorpin), Marcus Vinicius, a esposa do PM foi indiciada por conivência nos crimes, o que configura responsabilidade direta nos fatos. O policial foi afastado das funções ostensivas e, no momento, está lotado na cidade de Teixeira de Freitas, próxima a Medeiros Neto.

Após as famílias das vítimas denunciarem o casal, a PM divulgou nota informando que o fato estava sendo investigado.

Leia:"A Polícia Militar da Bahia esclarece que recebeu denúncia sobre este fato e imediatamente instaurou um procedimento apuratório para evidenciar as reais circunstâncias da denúncia. O suspeito quando ouvido sumariamente negou de forma veemente as acusações que lhe recaem.

Em razão da gravidade e sensibilidade de uma denúncia com tais termos, o comando da unidade a que pertence o policial optou por afastá-lo da atividade operacional e empregá-lo na atividade administrativa. É importante termos cautela neste momento e apurar de forma criteriosa a situação para evitarmos qualquer tipo de injustiça. Ao final da apuração, que deve durar 30 dias, restando provado a suspeita levantada, o policial será responsabilizado penal e administrativamente".