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Da Redação
Publicado em 3 de novembro de 2022 às 16:43
O bairro de Queimadinhas, no município de Feira de Santana, em Salvador, está sendo observado de perto pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam) desde que um buraco na casa de uma comerciante tem tirado a paz da moradora, em outubro deste ano. A fervura da cavidade, que possui cheiro de pneu queimado, não aumentou desde então, e atinge entre 65ºC e 71ºC ao longo do dia.>
O diretor de Planejamento e Educação Ambiental da Semmam, João Dias, conta que o local receberá sondas e exames geotérmicos e do pH do solo, ainda na tentativa de descobrir o que causa a situação. Enquanto isso, ainda não é possível mensurar se há riscos de explosões na superfície, segundo explica.>
"Pelo que já foi detectado, não há risco de explosão na casa, mas como é uma área muito grande, não sabemos se pode acontecer em outras áreas do bairro", explica. As sondas serão colocadas em perímetros de 100m².>
Dias explica ainda que há uma suspeita de que sejam águas termais. Geralmente, elas são aquecidas sob a terra, seja pelo processo de geotermia, que é o calor da própria terra, ou por ação de vulcões. "Mas só depois desse primeiro experimento que vamos colocar a sonda profunda para checarmos se são termais".>
Até agora, tudo indica que esteja relacionado ao fato de a residência, na Rua Alcides Fadiga, ter sido construída sobre a Lagoa do Prato Raso, uma Área de Proteção Permanente (APP) aterrada por ocupações irregulares há mais de 30 anos. “Quando eles aterraram, não retiraram a vegetação aquática, que a gente chama de macrófitas”, afirma o diretor de Planejamento e Educação Ambiental da Semmam, João Dias.>
Desde 2019, o imóvel está com um buraco aberto no piso do hall de entrada. Na época, foram tomadas as providências, e a temperatura aumentou. Agora, voltou a preocupar. O correto seria que ela chegasse a, no máximo 26ºC, segundo o diretor.>
A moradora da casa já foi convocada a sair do local junto com sua família, mas, até então, ela continua frequentando o imóvel. A Semmam e a Defesa Civil têm ido à região todos os dias para medição da temperatura.>