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Da Redação
Publicado em 18 de agosto de 2020 às 20:59
- Atualizado há 2 anos
Parte dos trabalhadores dos Correios na Bahia aderiram à greve nacional e planejam fazer uma carreata, nesta quinta-feira (18), com saída da praça do Campo Grande, em Salvador, ainda sem horário definido, para reivindicar os desejos da categoria. A paralisação por tempo indeterminado foi aprovada, nesta segunda-feira (17), por falta de acordo com a estatal na proposta de aumento salarial que estava em discussão, além de outros benefícios trabalhistas.>
A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect) afirma que foi surpreendida em agosto com a revogação do atual Acordo Coletivo, que teria validade até 2021, e reivindica a manutenção do pacto. Segundo a instituição, teriam sido removidas 70 cláusulas de direitos como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização de morte, auxílio para filhos com necessidades especiais.>
De acordo com André Aguiar, diretor de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos da Bahia (Sincotelba), existem no estado quase 5 mil funcionários da empresa e os representantes do sindicato irão passear pelas unidades para convocar todos à adesão. >
Apesar de a greve não ser por conta da pandemia, André Aguiar diz que as condições de trabalho dos funcionários públicos pioraram no atual cenário, que impulsionou as vendas pela internet e aumentou em 40% o volume de postagem de encomendas. Com isso, a demanda de trabalho cresceu, mas não há mão de obra suficiente porque cerca de 15% dos trabalhadores são do grupo de risco da covid-19 e estão afastados ou em home office. >
Ainda conforme a Fentect, 70% dos trabalhadores do país entrarão em greve. O movimento também se posiciona contra a privatização dos Correios e defende que as contas da estatal comprovam que ela é lucrativa.>
O presidente dos Correios, general Floriano Peixoto, afirmou ao Uol, que “há uma tentativa de confundir os empregados acerca de temas sobre os quais a direção da empresa não tem influência: os estudos de desestatização são conduzidos pelos órgãos competentes e baseados em minucioso planejamento que visa, ao fim e ao cabo, à determinação da melhor alternativa para a empresa e para a sociedade".>