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“Vinho é turismo”, diz CEO da Vinícola UVVA

Fabiano Borré, CEO da Vinícola UVVA, é o entrevistado da coluna

  • Foto do(a) author(a) Paula Theotonio
  • Paula Theotonio

Publicado em 24 de agosto de 2025 às 05:00

Fabiano Borré, CEO da Vinícola UVVA
Fabiano Borré, CEO da Vinícola UVVA Crédito: Divulgação

Entre homenagens e novos projetos, Fabiano Borré, CEO da Vinícola UVVA, vem vivendo dias significativos e de grande movimentação na Bahia. Na última segunda-feira (18), o empresário recebeu o título de Cidadão Baiano da Assembleia Legislativa da Bahia. A comenda, fruto de proposta do deputado estadual Tiago Correa, visa a reconhecer a contribuição do empreendedor para o fortalecimento da cultura, do turismo e da economia na Chapada Diamantina.

O título chegou no dia de seu aniversário e na mesma semana em que sua empresa se une à Abaeté Aviação para uma iniciativa de impacto no enoturismo baiano. Neste sábado (23), a companhia aérea levará turistas até Mucugê (BA) para participar do roteiro Terroir Experience, uma imersão nos vinhedos e na produção local, com degustação direta das barricas e almoço harmonizado.

O projeto faz parte do Wine Music Brasil, um evento que movimenta a cena do vinho na capital baiana até domingo; reunindo música, gastronomia e cultura em diferentes espaços, incluindo o histórico Palacete Tirachapéu. A UVVA é uma das patrocinadoras.

Para Borré, vinho e turismo são indissociáveis. “Eu sempre digo: para mim, o vinho é turismo, o vinho ele mostra o lugar, o vinho é geografia. A vinícola, na verdade, é uma indústria revestida, envelopada para o turismo. Por isso que, na UVVA, parece muito mais um lobby de hotel do que uma chegada de uma vinícola tradicional”, destaca Fabiano.

Esse ponto de vista que se materializa em diversas ações, que vão desde o design da vinícola, projetada pela arquiteta Vanja Hertcert para abraçar o entorno, a outros negócios. É o caso do Refúgio na Serra Boutique Hotel, empreendimento realizado em sociedade com sua esposa, Cris Cagliari.

A hospedagem de luxo fica em Mucugê e possui apenas 13 acomodações; e sedia o excelente Restaurante Paraguassu, com menu assinado pelo chef André Chequer — que também lidera a gastronomia no Arenito, restaurante da vinícola. Cris também é sócia da marca de chocolates artesanais Adama, com sede na pequena cidade de apenas 12.650 habitantes.

O empresário acredita que o maior legado que a UVVA tem é para o desenvolvimento regional. “Eu acho que a UVVA tem feito esse trabalho de trazer Mucugê à tona como uma referência, que atrai a curiosidade e que atrai visitantes e que acaba, por si só, gerando novas riquezas”, reforça.

Paula Theotonio: Desde a primeira videira plantada, 14 anos atrás, até hoje, o que foi mudando em sua percepção do que a UVVA poderia ser?

Fabiano Borré: Quando a gente planta a primeira videira, você precisa entender que tudo aquilo é uma promessa e é a esperança de que algo novo dê certo. Eu acho que hoje a gente vive uma realidade: as videiras já são estabelecidas, os vinhos já chegaram, os vinhos já foram reconhecidos, as pessoas já estão degustando e aproveitando desse vinho. Então a diferença foi algo entre uma promessa ou a esperança; e a realidade.

Em relação ao que você conheceu lá no começo e hoje, o terroir te surpreendeu?

Sempre. A gente ainda está ganhando maturidade nisso, no entendimento do lugar, do terroir, do perfil de vinho, das técnicas de elaboração… O que eu entendo é que é uma evolução constante. A gente sempre vai estar aprendendo. Assim como as videiras continuam envelhecendo, vão se enraizando de uma maneira mais profunda, enfim, vão trazer frutos diferentes; ao mesmo tempo que a gente tem a chance de aprender mais técnicas, de evoluir com a nossa própria maturidade na elaboração do vinho.

Hoje a vinícola tem 52 hectares plantados e outros 10 hectares em teste. Como vocês pensam em expansão na UVVA hoje?

Neste momento não tem expansão de vinhedo, o que a gente está pensando é em conseguir extrair mais do que a gente já tem, de investimento, de vinhedos e de capacidade técnica.

Como você enxerga esse projeto num futuro imediato e daqui a 50 anos?

Olha, nesse momento atual, o que a gente precisa é fazer com que o vinho chegue até as pessoas, né? É ganhar essa capilaridade de distribuição, ter um trabalho comercial assertivo, enfim, para que o vinho de fato seja conhecido e que as pessoas conheçam o que é o vinho e, por consequência, o que é esse lugar, esse terroir. Pensando em longo prazo, Paula, eu acho que, sinceramente, o legado que fica, a contribuição que o vinho vai trazer, é para o desenvolvimento regional. A gente já vê mudanças muito consistentes acontecendo aqui em Mucugê e isso traz evolução para a própria população, traz um novo conhecimento, uma nova educação e contribui para todos os segmentos, principalmente o turístico.

ENOTURISMO

A vinícola possui quatro tours, com preços a partir de R$ 160 e diferentes atividades. Mais detalhes no site https://vinicolauvva.com.br/enoturismo/. Vale investir especialmente em duas opções: Experiência UVVA e Imersão Vindima.

Experiência UVVA (R$ 310), com visita guiada por enólogo aos vinhedos, à área de vinificação (sala de tanques e cave) e a degustação de quatro rótulos, dois brancos e dois tintos.

Imersão Vindima (R$ 1690), que ocorre apenas no inverno para grupos de até 12 pessoas. A experiência inclui uma aula sobre vitivinicultura na Chapada Diamantina, colheita de uvas e passeio pelas áreas de processamento, cave e exposição de arte. O tour inclui almoço em meio aos vinhedos e degustação de rótulos exclusivos, com acompanhamento do enólogo-chefe Marcelo Petroli. As vagas para 2026 já estão abertas.

GUIA MUCUGÊ:

Onde ficar:

Refúgio na Serra Boutique Hotel (Rua Caetité, 40A, Centro Histórico de Mucugê). Quartos com design incrível, aconchegantes, silenciosos e um café da manhã inesquecível.

Onde comer:

Almoço com comida típica:

Claudia Restaurante (Rua Dr. Rodrigues Lima)

Restaurante da Dona Nena (Rua Direita do Comercio)

Café da tarde:

Delicafé Cheiro do Mato (Rua Direita do Comércio, 106)

Jantar:

Restaurante Paraguassu (Rua Caetité, 40A)

Beco da Bateia (Primeira Travessa Da Várzea, 58)

Visita obrigatória:

Cemitério Bizantino

Projeto Sempre Viva + Cachoeira do Piabinha

A colunista viajou a Mucugê a convite da Vinícola UVVA