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Alunos de escola particular acusam segurança de shopping de racismo

Família de adolescentes negros, de 11 e 12 anos, estudantes do Colégio Equipe, registraram boletim de ocorrência

  • Foto do(a) author(a) Wladmir Pinheiro
  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Wladmir Pinheiro

  • Estadão

Publicado em 18 de abril de 2025 às 16:43

Família denuncia shopping Pátio Higienópolis por suposto racismo contra adolescentes negros Crédito: Reprodução/TV Globo

A família de dois adolescentes negros, de 11 e 12 anos, registraram um boletim de ocorrência contra o Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo, área nobre de São Paulo, após denunciarem uma abordagem racista de uma segurança.

Segundo relatos, uma jovem branca teria sido abordada por uma segurança na quarta-feira (16), que lhe perguntou se os adolescentes negros, que estavam com ela, estariam a incomodando e pedindo dinheiro.

 Os jovens são alunos do colégio particular Equipe, perto do shopping. Uma manifestação está sendo organizada para a próxima quarta-feira (23). Em nota, o centro comercial lamentou o caso e disse que está em contato com a família.

 "O comportamento adotado não reflete os valores do shopping e o tema está sendo tratado com máxima seriedade", respondeu. Também destacou que tem uma "frequente grade de treinamentos e letramento", a qual será reforçada para reiterar o "compromisso inegociável com a construção de um espaço verdadeiramente seguro e acolhedor para todas as pessoas"

A Polícia Civil de São Paulo informou que o caso será apurado pelo 77º Distrito Policial (Santa Cecília), "para as medidas cabíveis e esclarecimento dos fatos".

O Colégio Equipe divulgou um comunicado em que manifesta "profundo repúdio". "Além da abordagem injustificável, os jovens foram advertidos pelos funcionários do shopping com menções à proibição de 'pedir esmolas no recinto', numa clara demonstração de preconceito e discriminação racial", afirmou.

Na manifestação, a escola diz que a situação expõe a "urgência de mudanças concretas".

"Lamentamos que, em pleno 2025, ainda sejamos obrigados a proteger nossas crianças e adolescentes de violências que decorrem do racismo estrutural. Um espaço em que jovens negros são constantemente vigiados, questionados ou tratados como ameaça não pode ser considerado seguro para ninguém", acrescentou.

O colégio propõe à sociedade refletir, se mobilizar e agir para evitar que situações como essa se repitam. "Combater o racismo não se limita à responsabilização pontual dos envolvidos. É necessário compromisso institucional com o letramento racial, com a formação de equipes preparadas para lidar com a diversidade, e com a implementação de políticas antirracistas efetivas", completou.