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Da Redação
Publicado em 16 de outubro de 2018 às 15:00
- Atualizado há 2 anos
O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, afirmou nesta terça-feira (16) que recusa apoios vindos de grupos supremacistas. A declaração foi postada em suas redes sociais depois que o historiador americano David Duke, nome mais conhecido do grupo racista Ku Klux Klan (KKK), disse em entrevista que Bolsonaro "soa como nós". >
"Recuso qualquer tipo de apoio vindo de grupos supremacistas. Sugiro que, por coerência, apoiem o candidato da esquerda, que adora segregar a sociedade. Explorar isso para influenciar uma eleição no Brasil é uma grande burrice! É desconhecer o povo brasileiro, que é miscigenado", escreveu Bolsonaro no Twitter.>
Duke deu entrevista falando sobre as eleições no Brasil. "Ele soa como nós. E também é um candidato muito forte. É um nacionalista", disse o ex-líder da KKK sobre Bolsonaro. "Ele é totalmente um descendente europeu. Ele se parece com qualquer homem branco nos EUA, em Portugal, Espanha ou Alemanha e França. E ele está falando sobre o desastre demográfico que existe no Brasil e a enorme criminalidade que existe ali, como por exemplo nos bairros negros do Rio de Janeiro", afirmou Duke em declaração a um programa de rádio na semana passada.>
A única ressalva que Duke fez a Bolsonaro foi a proximidade do candidato com Israel. O historiador nega a existência do Holocausto. Ele comparou a estratégia do brasileiro à do presidente americano, Donald Trump "Ele vai fazer coisas a favor de Israel, e acredito que ele esteja tentando adotar a mesma estratégia que Trump: acho que Trump sabe que o poder judaico está levando a América ao desastre, levando a Europa e o mundo ao desastre. Então, o que ele está tentando fazer é ser positivo em relação aos judeus nacionalistas em Israel como uma maneira de obter apoio", analisou.>
O Ku Klux Klan atua desde 1865 nos EUA, muitas vezes usando capuzes brancos para esconder a identidade de seus membros. Eles defendem a supremacia branca e foram responsáveis por vários casos de violência contra negros nos EUA. >
Itália Bolsonaro também usou as redes sociais para manter diálogo com Matteo Salvini, líder do partido de direita italiano Liga Norte e ministro do Interior do país, forte combatente das políticas de imigração. Salvini postou no Twitter uma mensagem pró-Bolsonaro. "Mudança no Brasil! Esquerda derrotada e ares novos! #VaiBolsonaro #BrasilDecide", escreveu o italiano.>
O candidato brasileiro agradeceu a mensagem. "Grato pela consideração de Vossa Excelência, Vice Primeiro-Ministro italiano! um forte abraço aqui do Brasil!", escreveu. Depois, ele republicou uma mensagem antiga sua se comprometendo a extraditar Cesare Battisti caso seja eleito. "Como já foi falado, reafirmo aqui meu compromisso de extraditar o terrorista Cesare Battisti, amado pela esquerda brasileira, imediatamente em caso de vitória nas eleições. Mostraremos ao mundo nosso total repúdio e empenho no combate ao terrorismo. O Brasil merece respeito!", finalizou.>