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Ato em São Paulo reúne artistas e pede 'diretas já'; veja como foi

"Este Congresso não tem moral nem legitimidade política para escolher o presidente", disse o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, também integrante da Frente Povo Sem Medo

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  • Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2017 às 19:37

 - Atualizado há um ano

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Bandas e artistas se reuniram neste domingo (4), no Largo da Batata, na zona oeste de São Paulo, para um festival voltado à realização de eleições diretas para presidente da República. Cerca de 110 mil pessoas participaram do ato, segundo a organização do evento. Em meio à crise política que assola o governo de Michel Temer, esse é o segundo grande ato a tratar do assunto. No dia 28 de maio, cerca de 150 mil pessoas já haviam se reunido no Rio de Janeiro para pedir um pleito direto, estimaram os organizadores. "Entendemos que esse Congresso Nacional que está aí, com centenas de parlamentares envolvidos em denúncias e escândalos, não tem condições morais de determinar como será o futuro do País", afirmou a organização do evento deste domingo na capital paulista no Facebook. O ato contou com artistas como Chico César, Maria Gadu, Mano Brown, Criolo e Tulipa Ruiz, além de blocos de carnaval, como Bloco Soviético, Acadêmicos do Baixo Augusta e Bloco Bastardo. O público também protestou contra a repressão policial e as reformas da Previdência e trabalhista.A pressão sobre o presidente aumentou após a prisão, ontem (3), do ex-assessor da Presidência, Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). Ele havia flagrado pela Polícia Federal carregando uma mala com R$ 500 mil em propinas pagas pela JBS. Segundo o advogado de Temer, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, "não altera em nada" a estratégia de defesa do presidente.

'Congresso não tem moral'O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos, também integrante da Frente Povo Sem Medo, afirmou que "este Congresso não tem moral nem legitimidade política para escolher o presidente". Boulos deu a declaração no ato SP pelas Diretas Já, organizado por produtores culturais e artistas.Economista, professora da USP e integrante do movimento Queremos Prévias, Laura Carvalho disse que o momento exige mais participação popular e não o contrário. "A gente não quer o Michel Temer nem outro Michel Temer para fazer isso [reformas da Previdência e trabalhista]. A gente quer escolher. A gente quer mais participação e não menos participação", disse ela.