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Bebidas adulteradas com metanol podem ter origem em combustível adulterado

Fábrica clandestina foi descoberta durante a investigação

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 13 de outubro de 2025 às 13:50

Episódio do metanol acende alerta sobre a relação com as bebidas alcoólicas (Imagem: PeopleImages | Shutterstock)
Episódio do metanol acende alerta sobre a relação com as bebidas alcoólicas  Crédito: Imagem: PeopleImages | Shutterstock

Na última semana, a Polícia Civil de São Paulo encontrou uma fábrica clandestina de bebidas em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. No local, foram apreendidas centenas de garrafas, galões e rótulos falsificados. O caso levanta questões sobre a origem das bebidas contaminadas que têm provocado mortes no estado.

Detalhes do inquérito que detalha o percurso de algumas das garrafas adulteradas foram divulgados pelo Fantástico, da TV Globo. A investigação começou após uma blitz em um bar na Mooca, na zona leste de São Paulo, onde dois homens, Ricardo Lopes Mira, de 54 anos, e Marcos Antônio Jorge Junior, de 46, consumiram bebidas alcoólicas e posteriormente morreram. No local, os policiais encontraram nove garrafas, sendo uma de gin e oito de vodka.

Bruna Araújo de Souza por Reprodução

Peritos constataram que algumas dessas garrafas tinham até 45% de metanol, concentração considerada letal. Para efeito de comparação, o limite tolerável da substância em bebidas alcoólicas é de apenas duas gotas por 100 ml. “Metanol com água, quase que meio a meio”, explicou Mauro Renault Menezes, diretor do núcleo de química do Instituto Criminalista da USP.

A investigação levou à identificação do vendedor que forneceu as bebidas ao bar e, em seguida, à fábrica clandestina. Uma mulher foi presa em flagrante por adulteração de produto alimentício. Segundo a polícia, a fábrica é ligada a uma empresa familiar que atuaria há cerca de 20 anos.

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Um dos pontos mais preocupantes é a suspeita de que o metanol usado na adulteração possa ter origem em postos de combustíveis. A hipótese é que o etanol comprado nesses locais já estivesse contaminado, indicando uma possível cadeia de fraudes envolvendo diferentes setores.

Até o momento, 29 pessoas foram intoxicadas pelas bebidas adulteradas, principalmente em São Paulo, mas também há registros no Paraná e no Rio Grande do Sul. Cinco pessoas morreram. A polícia continua investigando a existência de outras fábricas clandestinas e a responsabilidade de possíveis fornecedores de álcool contaminado.