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Jovem de 30 anos morre após tomar drinque 'batizado' com metanol

Bruna Araújo de Souza estava internada em São Bernardo desde o final de setembro

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Carol Neves

  • Estadão

Publicado em 7 de outubro de 2025 às 08:52

Bruna Araújo de Souza
Bruna Araújo de Souza Crédito: Reprodução

Bruna Araújo de Souza, de 30 anos, morreu após ser internada em São Bernardo do Campo, em São Paulo com suspeita de intoxicação por metanol. A prefeitura informou nesta segunda-feira (6) que exames laboratoriais comprovaram a contaminação. É o primeiro caso confirmado de morte pela substância no município da Grande São Paulo.

Bruna estava hospitalizada desde o fim de setembro, depois de ingerir bebida alcoólica adulterada. O quadro de saúde se agravou nos últimos dias e, na sexta-feira (3), os médicos iniciaram o protocolo para avaliar possível morte cerebral. Segundo a Secretaria de Saúde, a paciente “evoluiu a óbito após adoção de protocolo de cuidados paliativos”. A nota informa ainda que a decisão foi tomada junto à família e que a jovem recebeu “a melhor assistência possível” durante o tratamento.

Bruna Araújo de Souza por Reprodução

O caso de Bruna ocorre em meio a uma onda de notificações relacionadas ao consumo de bebidas com metanol. A Vigilância Epidemiológica do município já soma 78 registros suspeitos — 72 de pessoas atendidas em unidades de saúde e seis mortes, entre elas a de Bruna. Nos demais óbitos, os exames seguem em análise no Instituto Médico Legal.

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde também apontam avanço dos casos no país. Até esta segunda-feira, o Brasil tinha 17 confirmações e cerca de 200 ocorrências em investigação. O estado de São Paulo concentra a maioria das notificações, com 15 confirmações e 164 ainda sob análise. O balanço nacional contabiliza 14 mortes, duas delas com confirmação laboratorial na capital paulista. O óbito de Bruna ainda não foi incluído nesse levantamento.

Para conter novos casos, a prefeitura intensificou as ações de fiscalização. Quatro estabelecimentos comerciais e lotes de bebidas foram interditados, e a Polícia Civil recolheu garrafas suspeitas. A Delegacia de Investigações sobre Infrações contra o Meio Ambiente (DICMA) conduz o inquérito criminal.

De acordo com o município, equipes da Vigilância Epidemiológica mantêm contato com familiares das vítimas e dos pacientes internados para rastrear onde as bebidas foram consumidas e reforçar o alerta sobre os riscos do consumo de produtos sem procedência.