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Da Redação
Publicado em 14 de maio de 2019 às 21:37
- Atualizado há 2 anos
Em uma articulação rápida, deputados da oposição e do Centrão impuseram mais uma derrota ao governo de Jair Bolsonaro ao conseguirem aprovar a convocação do ministro da Educação, Abraham Weintraub, ao plenário da Casa já nesta quarta-feira, 15 De autoria do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), a convocação foi aprovada por 307 votos a favor e 82 votos contra. A aprovação foi comemorada pela maioria dos partidos, com exceção do PSL. O pedido foi incluído na pauta da Casa durante a reunião de líderes no meio da tarde. Assim que o encontro acabou os deputados seguiram para o plenário e colocaram a medida em votação. Weintraub será sabatinado amanhã, o horário ainda não está definido. Ele é praticamente obrigado a comparecer, diante de uma medida como esta. Com a convocação, as comissões da Câmara devem suspender suas atividades amanhã, para que os parlamentares possam participar, inclusive o colegiado que analisa a reforma da Previdência.>
Porta-voz minimiza O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, minimizou a situação. "O governo entende com naturalidade fatos que ocorrem no Congresso e a convocação do ministro da Educação permite que ele explique mais uma vez temas que são de importância para a sua área", afirmou. Além da derrota, Bolsonaro também teve que resolver outro tema espinhoso nesta terça. Ele recebeu deputados da bancada evangélica e lideranças religiosas em seu gabinete para tratar da recente polêmica sobre uma possível taxação das igrejas. O secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, se reuniu com o presidente previamente e participou do encontro com os parlamentares. No fim do mês passado, Cintra chegou a declarar em uma entrevista que um novo tributo federal poderia ser cobrado de igrejas evangélicas. A possibilidade alvoroçou a bancada evangélica, que se posicionou contra a iniciativa. Ruídos Rêgo Barros negou que haja problemas entre o presidente e o ministro da Secretaria de Governo, Santos Cruz. Os dois se reuniram nesta terça. "Bolsonaro recebe naturalmente todos os ministros e hoje recebeu Santos Cruz", disse. De acordo com ele, as supostas críticas que o ministro teria feito a Bolsonaro são "assunto passado". O porta-voz voltou a dizer também que Bolsonaro apoia o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, para uma eventual indicação ao Supremo Tribunal Federal. "O presidente reforça a admiração por Moro e o qualifica para assumir cargo no STF eventualmente", disse. No fim de semana, o presidente afirmou que havia prometido ao ministro a próxima vaga da Suprema CorteMundo Ainda de acordo com o porta-voz, Bolsonaro falou por telefone com o presidente da Argentina, Maurício Macri, nesta terça, mas ele afirmou não ter detalhes da conversa. Macri enfrenta uma acirrada campanha eleitoral em seu país e disputa a reeleição com a ex-presidente Cristina Kirchner. Rêgo Barros também informou que Bolsonaro fará uma visita de cortesia ao ex-presidente americano George W. Bush durante a sua viagem aos Estados Unidos nesta semana. Em relação aos encontros que chegaram a ser anunciados, mas ainda não foram confirmados com o senador republicano Ted Cruz, com o governador do Texas, Greg Abbott, e com o prefeito de Dallas, Mike Rawlings, o porta-voz disse que eles não estão descartados e podem vir a acontecer nesta semana. A primeira-dama Michelle Bolsonaro não acompanhará o presidente na viagem porque está gripada.Caminhoneiros O porta-voz confirmou que o BNDES lançará um programa de empréstimos a caminhoneiros autônomos na próxima semana, com a previsão de empréstimos no valor de até R$ 30 mil. Rêgo Barros disse ainda que os empréstimos serão concedidos por bancos privados parceiros do BNDES.>