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Elaine Sanoli
Carol Neves
Publicado em 12 de novembro de 2025 às 19:43
Enquanto trabalhava em uma escola do Distrito Federal, uma monitora sofreu queimaduras após o seu celular explodir. A mulher foi socorrida e encaminhada a uma unidade de saúde especializada para receber atendimento médico. >
O caso ocorreu na manhã desta quarta-feira (12), no Cruzeiro, segundo informações do portal Metrópoles. A vítima carregava o celular no bolso quando o aparelho explodiu, deixando pernas e mãos feridas.>
Ela recebeu os primeiros socorros do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e, em seguida, foi conduzida pela equipe a um hospital de referência.>
A causa da explosão ainda é desconhecida.>
Gabrielle Silva, especialista do Instituto dos Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE) e responsável por parcerias tecnológicas da TIM Brasil, explica que as baterias de íon-lítio, comuns em celulares, são sensíveis a altas temperaturas. Quando o calor gerado pela bateria excede sua capacidade de dissipação, ocorre um fenômeno conhecido como fuga térmica.>
“Esse é um processo no qual o calor gerado pela bateria é maior do que o que pode ser dissipado, levando à combustão”, afirma Silva, em entrevista ao G1. No entanto, ela ressalta que esse tipo de situação é raro, pois depende de danos à estrutura de proteção interna da bateria, o que não é comum.>
Hiago Kin, presidente da Associação Brasileira de Segurança Cibernética, reforça que as baterias de íon-lítio possuem múltiplos sistemas de segurança para evitar o superaquecimento. “Por isso, para o superaquecimento ocorrer, geralmente é necessária uma combinação de fatores extremos”, explica, também ao G1.>
Entre os fatores que podem levar a esse problema estão impactos na estrutura da bateria, como pressionar, perfurar ou derrubar o celular, que podem danificar a separação interna entre os condutores de corrente elétrica, causando curtos-circuitos e superaquecimento.>
Outro fator é a exposição ao calor, como deixar o aparelho em ambientes muito quentes (por exemplo, dentro de um carro sob o sol), o que pode acelerar processos químicos na bateria e desencadear uma reação descontrolada.>
A Anatel recomenda evitar carregar o aparelho em recipientes fechados, como bolsas, malas ou gavetas, para prevenir o acúmulo de calor.>
Além disso, o uso de carregadores e baterias falsificados também representa um risco significativo. Esses carregadores muitas vezes não possuem mecanismos básicos de segurança contra aquecimento excessivo, sobrecarga e curtos-circuitos.>
A Anatel alerta que “isso pode resultar em superaquecimento do aparelho, riscos de explosão, choques elétricos ou até mesmo incêndio, colocando em perigo a segurança do usuário e de quem está ao redor podendo ser fatais”.>
O mesmo se aplica às baterias falsas, que podem vir com a estrutura de proteção danificada, aumentando o risco de acidentes.>