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Policial Federal e PMs da ativa: ex-deputado TH Joias e mais 17 são indiciados por envolvimento com facções

O ex-deputado estadual do RJ TH Joias, que era do MDB, está preso desde setembro deste ano

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 12 de novembro de 2025 às 18:54

 TH Joias
TH Joias Crédito: Reprodução

A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-deputado estadual Thiego Raimundo de Oliveira Santos, o TH Joias, e mais 17 pessoas por crimes ligados a facções criminosas no Rio. Entre eles, há três policiais militares da ativa, um policial federal e um ex-policial militar. Também há dois traficantes de duas facções diferentes: Comando Vermelho (CV) e Terceiro Comando Puro (TCP): Luciano Martiniano da Silva, o Pezão (CV) E Wallace de Brito Trindade, o Lacoste (TCP). As informações são do G1 RJ.

O indiciamento foi encaminhado pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), da PF, ao desembargador Macário Ramos Júdice Neto, da 1ª Seção Especializada do Tribunal Regional Federal (TRF), da 2ª Região (Rio e Espírito Santo). No documento, a PF aponta que TH cometeu os seguintes crimes: Integrar organização criminosa armada, contrabando, exploração clandestina de atividades de telecomunicações, evasão de divisas, tráfico de drogas interestadual, violação de sigilo profissional, corrupção ativa, embaraço à investigação de organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Antes de entrar na política, TH ficou famoso ao ver suas peças de ouro e diamantes usadas por jogadores como Neymar, Vini Jr. e Adriano Imperador ou pela cantora Ludmilla. Thiego já tinha sido preso entre 2017 e 2018. Ele perdeu o mandato após a atual prisão.

O ex-deputado estadual do RJ TH Joias, que era do MDB, está preso desde setembro deste ano. A operação que levou TH e boa parte dos suspeitos para a cadeia aconteceu em 3 de setembro. Na ocasião, a Polícia Federal tentou cumprir 18 mandados de prisão. Agora, a Polícia Federal concluiu a investigação e enviou o relatório, que será avaliado pelo Ministério Público Federal antes de tornar Thiego réu. O documento será analisado pelo Ministério Público Federal que decide se fará ou não denúncia contra o grupo.

TH Joias por Reprodução

Tanto o traficante Pezão quanto Lacoste foram indiciados por fazerem, segundo a PF, negócios com a quadrilha. De acordo com as investigações da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), da Polícia Federal, Pezão recebeu armas para o Complexo do Alemão, e o grupo ligado a TH ainda comprou dólares para o criminoso do CV.

Segundo a PF, Luiz Eduardo Cunha Gonçalves, o Dudu, assessor do então parlamentar TH na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), vendeu equipamento anti-drone a um dos chefes do TCP, Lacoste, que também comanda a venda de drogas no Morro da Serrinha, em Madureira, na Zona Norte do Rio. Ambos são considerados foragidos.

A prisão de TH Joias se deu por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas, comércio ilegal de armas e lavagem de dinheiro. Segundo as investigações, TH Joias teria atuado em favor tanto do Comando Vermelho (CV) quanto do Terceiro Comando Puro (TCP), facções rivais que disputam o controle de comunidades no Rio. As investigações apontam que o parlamentar intermediou a venda de dois fuzis por R$ 120 mil para traficantes no ano passado. Ele também é acusado de contrabandear bazucas antidrones — equipamentos usados para anular drones da polícia durante operações em comunidades dominadas por facções.

O deputado também é suspeito de lavar dinheiro do tráfico. Para isso, teria usado uma loja de produtos do Flamengo, adquirida por ele em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, segundo a investigação. TH Joias já havia sido investigado antes por lavagem de dinheiro do crime organizado. Segundo a PF, ele usava a produção de joias sob encomenda como fachada para movimentar valores ilícitos. Somente na parceria com Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, apontado como chefe do Comando Vermelho no Complexo do Alemão, o deputado teria movimentado cerca de R$ 9 milhões nos últimos três anos.