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Cinco dúvidas sobre as cáries e como tratá-las

Pesquisa revela que 41,5% da população brasileira apresenta cárie

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 30 de abril de 2025 às 11:31

As cáries comprometem os dentes e demandam atendimento odontológico (Imagem: Kovalchynskyy Mykola | Shutterstock)
As cáries comprometem os dentes e demandam atendimento odontológico  Crédito: Shutterstock

Pode não aparecer escancarada no sorriso, mas não significa que seus dentes estão livres delas. Sim, as cáries ainda estão entre os problemas bucais mais comuns no Brasil e afeta pessoas de todas as idades. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 2,5 bilhões de pessoas têm cárie dentária, o que faz dela uma das doenças mais comuns do mundo. De acordo com a última edição da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal, divulgada em 2024 pelo Ministério da Saúde, mais de 55% da população brasileira apresenta algum grau de cárie dentária, o que evidencia a necessidade de mais informação e cuidado com a saúde oral.

A pesquisa também apontou que 41,5% da população brasileira apresenta cárie, com uma média de 2,2 dentes cariados por pessoa. Esse problema é especialmente entre os adolescentes de 12 a 15 anos, onde a prevalência atinge 57,4%. Segundo especialistas, o comportamento “silencioso” é um dos fatores que torna a cárie tão comum. Afinal, ninguém consegue sentir que uma lesão está se formando, a presença dela só é percebida quando o estrago já está feito. Sente sensibilidade no dente ao ter contato com alimentos frios ou quentes? Sente dor ou desconforto ao se alimentar ou ingerir doces? Há manchas escuras ou esbranquiçadas nos dentes? Se houver um desses sinais, é preciso ligar o sinal de alerta.

Mas afinal, o que causa as cáries? Como identificá-las? E o que é possível fazer para prevenir e tratar o problema? A dentista Adriele Cristina Stein, da rede de clínicas odontológicas Oral Sin, explica que a cárie é uma lesão causada por um grupo de bactérias, principalmente a Streptococcus mutans, que utilizam restos alimentares — especialmente ricos em açúcar — para se proliferar. "Esses restos formam a chamada placa bacteriana, que, quando não removida corretamente, se transforma em tártaro, um material mais endurecido que favorece ainda mais a multiplicação de bactérias”, explica a especialista.

O que você precisa saber sobre as cáries:

  1. Como identificar a placa bacteriana?
    Um dos primeiros sinais é o aparecimento de inflamação ao redor da gengiva, que fica avermelhada e pode sangrar levemente. Outro sinal comum é o mau hálito. Mesmo pessoas que escovam os dentes regularmente podem desenvolver cáries, especialmente se não utilizarem fio dental após cada refeição. “A escova dental não alcança bem os espaços entre os dentes. O fio dental é essencial para remover restos alimentares dessas regiões e evitar o acúmulo de placa”, reforça a dentista.
  2. E o papel dos alimentos?
    Os alimentos ricos em açúcar e carboidratos fermentáveis contribuem diretamente para o surgimento das cáries. Eles alteram o pH da saliva, tornando o ambiente bucal mais ácido e enfraquecendo o esmalte dentário — a camada protetora e brilhosa do dente.
  3. Técnicas de escovação e o uso do flúor
    Existem diversas técnicas de escovação, como as de Bass, Fones, Stillman modificada e Charters. A técnica de Fones, por exemplo, é bastante utilizada com crianças por meio de uma abordagem lúdica: “bolinha, bolinha, trenzinho, trenzinho”. Além disso, o uso de flúor — presente em cremes dentais, géis, enxaguantes e vernizes — fortalece os dentes e ajuda na prevenção das cáries. “O flúor é indicado desde a infância até a terceira idade, principalmente em casos de raízes expostas ou histórico de problemas dentários”, detalha a dentista.
  4. Quais os primeiros sinais de cárie?
    Antes de a dor aparecer, a cárie pode se manifestar por meio de manchas brancas nos dentes, que evoluem para manchas escuras e pequenos orifícios. Em estágios mais avançados, surgem sintomas como dor, sensibilidade, mau hálito e inchaço na gengiva.
  5. Como prevenir?
    “É fundamental manter visitas regulares ao dentista e realizar exames de imagem, como o raio-X periapical, além da avaliação clínica. A cárie pode evoluir rapidamente e comprometer a estrutura dentária, até mesmo levando à perda do dente”, conclui a dentista.