Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Wendel de Novais
Publicado em 4 de novembro de 2025 às 10:05
A Claro NXT Telecomunicações foi condenada pela 3ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) a pagar R$ 20 mil de indenização por danos morais a uma vendedora que sofreu dois assaltos à mão armada em apenas três meses em uma loja da operadora no bairro do Anil, no Rio de Janeiro. >
De acordo com o TST, os assaltos — ocorridos em junho e agosto de 2015 — configuram dano moral presumido, dispensando a comprovação de abalo psicológico. Nas duas ações, a funcionária foi rendida, teve uma arma apontada para a cabeça e foi trancada no banheiro com outros colegas. >
Veja imagens da sede do Tribunal Superior do Trabalho
Durante o segundo assalto, a polícia foi acionada e, no cerco aos criminosos, a vendedora chegou a ser feita refém. Ela tropeçou e foi puxada pelos cabelos por um dos assaltantes, mas acabou sendo deixada para trás. Outra funcionária foi levada pelos criminosos e libertada após o veículo usado na fuga bater durante a perseguição. >
Após os episódios, a trabalhadora precisou se afastar por abalo emocional e entrou com ação pedindo indenização. A 44ª Vara do Trabalho e o TRT da 1ª Região (RJ) haviam negado o pedido, entendendo que o dano foi causado por terceiros. >
No entanto, ao analisar o recurso, o ministro José Roberto Freire Pimenta, relator no TST, entendeu que a atividade da vendedora expunha a riscos constantes, e que os assaltos reiterados caracterizam falha da empresa na proteção de seus empregados. >