Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 2 de março de 2010 às 19:58
- Atualizado há 2 anos
A vendedora que ganhou uma indenização de R$ 1,5 mil por ter sido chamada de “loirinha peituda” por funcionários de uma lanchonete de um shopping da Zona Norte do Rio lamentou que o dinheiro ganho por decisão da justiça não seja suficiente para cobrir os gastos com uma nova prótese de silicone. Só dá para a entrada, ela calcula. >
Andréia quer fazer novo implante com indenização>
Na época, há três anos, Andréia Rodrigues de Souza tinha implantes de 200 ml, mas já fez outro, trocando por 300 ml, que, agora, pretende mudar para próteses de 400 ml. >
“Acho que deveria ter recebido até mais de indenização porque fiquei muito constrangida com toda a situação. Agora já tenho planos do que fazer com o dinheiro. Vou dar entrada para colocar uma nova prótese de silicone”, planeja. >
Andréia tem 37 anos, um filho de 16 anos e namorado. Quando houve o incidente na lanchonete, ela namorava um lutador e pediu que ele não se envolvesse no caso. >
A decisão do TJ-RJ >
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) condenou a rede de lanchonetes a Bibi Sucos a pagar R$ 1,5 mil de indenização a Andréia, chamada de “loirinha peituda” numa comanda interna. O caso aconteceu numa filial da Zona Norte, e a empresa pode recorrer.>
A autora contou no processo que ficou sem entender porque funcionários da Bibi Sucos riam dela e conseguiu provar que sofreu constrangimento através de uma comanda interna da loja, onde estava escrito: “loirinha peituda”. >
“Tratou-se, evidentemente, de situação em que a autora da ação foi desrespeitada e exposta a gracejo indesejável, que extravasou a seara do mero aborrecimento”, escreveu em sua decisão a desembargadora Vera Maria Van Hombeeck, da 1ª Câmara Cível do TJ-RJ. >
Ela continuou cliente, diz sócio da lanchonete >
Um dos sócios da Bibi Sucos, que preferiu se identificar apenas como André, disse que, após o episódio, a cliente continuou frequentando a lanchonete e que, aparentemente, não parecia estar constrangida.>
O advogado da autora da ação, Wanderson Pinto de Mesquita, confirmou que ela frequentava o local com assiduidade por trabalhar como vendedora numa das lojas do shopping onde fica a lanchonete.>
“Mas uma coisa não tem nada a ver com a outra. Ela frequentava porque gostava da lanchonete. Agora, não é aceitável que um estabelecimento faça chacota com os clientes por causa das características físicas. Imagine, então, como seria o tratamento dispensado a uma pessoa que usa óculos, a um obeso ou ainda a quem sofre de calvície”, ponderou o advogado. As informações são do G1.>
Veja também:>