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Larissa Almeida
Publicado em 23 de agosto de 2025 às 17:08
Um centro de formação voltado para influenciadores e criadores de conteúdo digitais começou a funcionar neste mês no Brasil. O espaço foi batizado de Community Creators Academy e reúne cenários variados para a gravação de vídeos, podcasts e transmissões online. >
De acordo com o g1 SP, a estrutura foi instalada em um galpão de 14 mil m² na Vila Leopoldina, Zona Oeste de São Paulo. São mais de 200 estúdios diferentes, além de espaços inusitados, como uma praia artificial, academia, salão de beleza e até banheiros instagramáveis, que se tornaram os locais mais disputados entre os alunos. >
Faculdade de influencers tem cursos de até R$ 35 mil
A iniciativa partiu do empresário baiano Fábio Duarte, dono de uma agência de publicidade especializada em comunicação digital. Ele se uniu ao grupo educacional Ânima Educação, responsável pela Universidade Anhembi Morumbi, e afirma ter investido cerca de R$ 40 milhões no projeto. >
“A ‘creator economy’ é um mercado gigantesco no mundo, que deve movimentar mais de US$ 1 trilhão nos próximos anos. E a criação de conteúdo está virando uma grande ‘skill’ valorizada pelo mercado. Antes se exigia datilografar, Pacote Office, inglês. Hoje a criação de conteúdo e a IA são ‘skills’ importantes para aceleração de qualquer carreira”, disse. >
Os cursos oferecidos variam entre R$ 25 mil e R$ 35 mil, com duração de três a seis meses, e têm foco em diferentes nichos de atuação. Aulas presenciais ocorrem de duas a três vezes por semana, no formato de mentoria. Entre os nomes que participam da formação estão Igor Coelho, fundador do podcast Flow, e Sarah Fonseca, da plataforma Skin Quer. >
Segundo a instituição, cerca de 200 pessoas já estão matriculadas. O público vai além dos jovens que sonham em se tornar influencers e inclui médicos, dentistas, advogados, arquitetos e profissionais liberais que buscam no curso uma forma de transformar as redes sociais em vitrine para seus serviços e ampliar as fontes de receita. >
Fábio Duarte afirma que a proposta é profissionalizar um setor que ainda se estrutura. “Muitos influenciadores começaram de maneira muito orgânica. No improviso, foram fazendo, por terem um sonho de trabalhar com conteúdo, e só depois perceberam que aquilo era um trabalho. E como todo trabalho, você precisa se educar e se formar. A gente quer que o aluno comece desde o início sabendo que conteúdo é um negócio”, destacou. >
O processo seletivo é inspirado em modelos internacionais e inclui uma taxa de inscrição. Os candidatos enviam uma carta de intenção e um vídeo explicando seus objetivos. Se aprovados na primeira fase, passam por entrevista. Embora a escola afirme estar aberta a qualquer tipo de criador, neste primeiro momento a prioridade é para quem já atua no ambiente digital e busca se profissionalizar. >
“A gente tem diversos produtos, mas o público principal é o que já entende que o conteúdo faz parte do seu dia a dia. Então, a gente acelera de creators que estão no início da carreira, até creators que já têm a carreira um pouco consolidada com conteúdo, mas sabem que precisam transformar aquela audiência e seguidores em negócio”, explicou Duarte. >