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Perla Ribeiro
Agência Brasil
Publicado em 11 de setembro de 2025 às 14:59
O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) realizou fiscalização no Hospital Amacor, em Campo Grande, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro, para apurar as causas da morte de Marilha Menezes Antunes, 28 anos, após procedimento de lipoaspiração e de enxerto nos glúteos, na última segunda-feira (8). O procedimento investigativo é sigiloso, seguindo todos os ritos obrigatórios do Código de processo ético-profissional, informou o Cremerj.>
A equipe de fiscalização da entidade médica esteve na clínica acompanhada de agentes da Delegacia do Consumidor (Decon) e da Vigilância Sanitária. Na vistoria, a Polícia Civil encontrou remédios fora do prazo de validade em áreas comuns da clínica e, no centro cirúrgico, usado para procedimentos estéticos. Os itens apreendidos passarão por perícia técnica. A clínica foi interditada, e duas gerentes foram detidas em flagrante e liberadas após prestarem depoimentos. >
O Cremerj abriu sindicância para apurar as causas da morte da paciente. Segundo o Conselho, a investigação é sigilosa e segue todos os ritos obrigatórios do código de processo ético-profissional. Familiares da jovem afirmam que a clínica não contava com equipamentos adequados para casos de emergência e acusam a equipe médica de negligência. A unidade de saúde nega. Marilha realizou uma lipoaspiração como presente de aniversário — ela havia completado 28 anos no dia 1º de setembro.>
Aos policiais que estiveram no hospital após a morte de Marília, o médico responsável pelo procedimento teria informado que a jovem sofreu uma broncoaspiração, seguida de uma parada cardiorrespiratória. O caso foi registrado na 35ª DP (Campo Grande) e encaminhado à Delegacia do Consumidor (Decon), que dá continuidade às investigações.>