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Cotas para nordestinos em universidade de Santa Catarina geram polêmica: 'Absurdo'

“É só o que falta, dinheiro do catarinense ter cota para quem é de fora", criticou governador

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 3 de outubro de 2025 às 07:55

Udesc
Udesc Crédito: Jonas Pôrto/Udesc

A publicação de um edital da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) gerou críticas do governador Jorginho Mello (PL) esta semana. O documento previa vagas destinadas a candidatos vindos de instituições de ensino das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, além de outros grupos já contemplados em políticas de cotas. As informações são do portal NDMais.

O texto, identificado como edital número 50, foi lançado em dezembro de 2024 e tratava da seleção para cursos de mestrado e doutorado em Música do Ceart (Centro de Artes, Design e Moda), com ingresso marcado para o segundo semestre de 2025.

Entre as ações afirmativas listadas, constavam reservas para pessoas negras, indígenas, quilombolas, trans e com deficiência. Mas a inclusão de candidatos vinculados a universidades de fora da região Sul do país motivou a reação do governador.

Jorginho afirmou ter ficado “surpreso” com a medida e disse que não admitirá que a prática seja mantida. “É só o que falta, dinheiro do catarinense ter cota para quem é de fora. Já não basta a gente mandar o nosso dinheiro para Brasília e voltar uma migalha. Já vou avisando que não concordo. Nós não vamos aceitar esse absurdo com dinheiro do catarinense”, declarou.

O governador também enviou um ofício ao reitor da universidade exigindo explicações. “Por mais que a Udesc tenha autonomia universitária, ela é mantida com o dinheiro do estado, ou seja, do catarinense”, afirmou.

O debate sobre as cotas para nordestinos em Santa Catarina ocorre em um momento em que a presença de migrantes da região no estado cresce de forma acelerada. Dados apontam que, entre 2010 e 2024, o número de baianos que se mudaram para Santa Catarina aumentou 276%, saltando de 15 mil para 58 mil pessoas. A busca por melhores salários e novas oportunidades de trabalho tem impulsionado esse movimento, que fez da Bahia o estado com maior perda populacional por migração no país. Hoje, mais de 3 milhões de baianos vivem fora de sua terra natal.