Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Felipe Sena
Publicado em 15 de dezembro de 2025 às 16:23
A repórter Tainá Reis, demitida da Record por justa causa na manhã desta segunda-feira (15), publicou um texto emocionado nas redes sociais, e abriu o coração sobre seus “sonhos” e a trajetória que tem percorrido no jornalismo. >
Tainá que costuma compartilhar a vida profissional através das redes sociais, postando stories as 4h da manhã, percorrendo seu trabalho até a noite, numa rotina exaustiva, afirmou que seus “sonhos nunca foram planos distantes ou meras fantasias”.>
Tainá Reis
“Sempre foram o combustível que me fez acordar cedo, atravessar cidades, abdicar de muita coisa e viver histórias que pediam para ser contadas com respeito”, escreveu na legenda do texto publicado em que Tainá aparece segurando um microfone com o símbolo da Record.>
“Foi sonhando que escolhi a televisão e, depois, o jornalismo. E o jornalismo nunca foi só uma profissão. É missão, vocação, responsabilidade e compromisso com as pessoas. Ser repórter é estar onde muitos não podem, ouvir quando ninguém quer ouvir, dar voz sem gritar e informar sem ferir. O verdadeiro jornalismo se constrói com ética, sensibilidade e humanidade, nunca explorando a dor alheia”, desabafou a jornalista.>
Confira texto na íntegra:>
“Sonhos nunca foram planos distantes ou meras fantasias. Sempre foram o combustível que me fez acordar cedo, atravessar cidades, abdicar de muita coisa e viver histórias que pediam para ser contadas com respeito.>
Foi sonhando que escolhi a televisão e, depois, o jornalismo. E o jornalismo nunca foi só uma profissão. É missão, vocação, responsabilidade e compromisso com as pessoas. Ser repórter é estar onde muitos não podem, ouvir quando ninguém quer ouvir, dar voz sem gritar e informar sem ferir. O verdadeiro jornalismo se constrói com ética, sensibilidade e humanidade, nunca explorando a dor alheia.>
Ao longo do caminho, aprendi que informar também é um ato de cuidado. Que cada palavra tem peso, impacto e consequência. Que não basta chegar primeiro, é preciso chegar do jeito certo. E que o jornalismo que vale a pena é aquele que respeita, honra e edifica.>
Mas também aprendi que, para continuar sonhando, é preciso ter saúde. A entrega constante, as pressões, os silêncios engolidos e as emoções acumuladas começaram a cobrar um preço. Entender isso exigiu coragem. Sempre cuidei do outro, mas ficou claro que, sem cuidar de mim, nada seria possível.>
Com o coração em paz e a consciência tranquila, hoje encerro um ciclo importante da minha vida profissional. Um ciclo que me ensinou, me fortaleceu e me transformou. Ciclos não se fecham para aprisionar, mas para dar espaço ao novo. E este se encerra com gratidão, consciência e fé.>
Sigo acreditando no jornalismo humano. No jornalismo que escuta mais do que aponta, informa sem julgar e não perde a alma no caminho. Agradeço a Deus pelo privilégio de entrar em tantas casas, receber abraços, orações e confiar na força do amor ao próximo.>
Isso não é um ponto final. É uma vírgula cheia de esperança.>
Sonhos nunca morrem. Os meus seguem vivos.>
Com fé, coragem e gratidão, sigo.>
Bora vencer! ?”>
O jornal CORREIO entrou em contato com a assessoria da Record, mas não obteve informação até a publicação desta matéria.>