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Cuidado! Veja quais alimentos podem 'enganar' o bafômetro e gerar multa na Lei Seca

Alimentos que passam por fermentação natural podem deixar um acumulado de álcool na boca por alguns minutos

  • Foto do(a) author(a) Elaine Sanoli
  • Elaine Sanoli

Publicado em 10 de dezembro de 2025 às 06:00

Bafômetro
Bafômetro Crédito: Shutterstock

Implementada em todo o país desde 2008, a Lei Seca endureceu a punição e a fiscalização com o objetivo de reduzir os índices de acidentes de trânsito envolvendo condutores alcoolizados. O teste com o etilômetro, o famoso bafômetro, tem tolerância zero, mas, considerando a margem de erro, o aparelho pode apontar no máximo 0,04 miligramas por litro de ar alveolar. Alguns alimentos, no entanto, podem acumular na boca uma quantidade superior a esse limite e prejudicar o teste.

Um dos alimentos que podem causar influência momentânea no teste do bafômetro é o panetone. De acordo com uma testagem do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO), o consumo da iguaria natalina pode gerar uma concentração de até 0,34 mg/l de álcool.

Pão de forma por YouTube

Outro “vilão” do bafômetro é o pão de forma. Em um teste realizado pelo Batalhão de Polícia de Trânsito Urbano e Rodoviário (BPTran) da Polícia Militar da Paraíba (PMPB), o consumo de apenas uma fatia de pão pode gerar, imediatamente, cerca de 0,39 mg/l.

Em ambos os casos, o que ocorre é um acúmulo temporário de álcool na região da boca. O presidente do Detran-GO, Waldir Oliveira, explica que isso acontece porque o álcool presente no alimento não chega a ser absorvido pelo organismo e fica retido apenas na cavidade bucal, ou seja, não atinge os pulmões.

A médica nutróloga Thais Aquino explica que, no processo de fabricação de alguns alimentos, a fermentação natural transforma o açúcar em álcool. Além disso, o álcool pode aparecer na composição como conservante, para prevenir a proliferação de fungos e bactérias. Outros alimentos que passam por fermentação, como kefir, kombucha, vinagre e molho shoyu, também podem confundir o etilômetro.

A recomendação é que, caso o bafômetro indique concentração de álcool após o consumo desses alimentos, o condutor beba água ou aguarde de 2 a 3 minutos para refazer o teste.

A Lei Seca define que quem for flagrado dirigindo sob influência de álcool ou se recusar a fazer o teste do bafômetro comete infração gravíssima. Além da multa de R$ 2.934,70, o condutor infrator sofre suspensão de 12 meses do direito de dirigir.

Em caso de recusa à realização do teste, a penalização é a mesma. Para reincidência dentro do prazo de um ano, a multa é dobrada, passando a R$ 5.869,40, com suspensão por um ano.

Concentrações igual ou acima de 0,34 mg/l já podem ser consideradas crime de trânsito, segundo o Detran do Rio Grande do Sul.

Tags:

Trânsito Álcool