Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Encontro foi apontado por Sergio Moro como prova de que Bolsonaro queria ter acesso a investigações sigilosas e interferir na Polícia Federal
Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2020 às 21:00
- Atualizado há um ano
Em reunião ministerial no dia 22 de abril, a ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) defendeu a prisão de prefeitos e governadores, segundo o portal UOL. O encontro foi apontado pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro como prova de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) queria ter acesso a investigações sigilosas e interferir na Polícia Federal.
De acordo com o UOL, a assessoria de imprensa da ministra confirmou as falas e afirmou que Damares se manifestou dentro de um contexto de defesa dos direitos humanos e da administração pública. Ainda segundo a assessoria, Damares já defendeu esse posicionamento em outras falas, antes da reunião.
Ainda de acordo com a pasta, a ministra defende a prisão dos quem violar os direitos humanos como prisões de pessoas que furem isolamento nas ruas, comerciantes algemados e agressão a idosos. Para Damares, também é válido o encarceramento de prefeitos e governadores que desviarem verbas e cestas básicas.
Nesta terça-feira (12), o vídeo de cerca de duas horas da reunião foi reproduzido para partes integrantes do processo - Moro, investigadores, integrantes da Advocacia-Geral da União e Procuradoria-Geral da República. O material foi apresentado pelo governo Bolsonaro à Polícia Federal, que investiga as denúncias de que o presidente queria interferir politicamente na corporação e ter acesso a investigações sigilosas.
Na mesma ocasião, o ministro da educação Abraham Weintraub xingou os ministros do Supremo Tribunal Federal ao afirmar que a Corte era composta por onze filhos da puta.