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Depoente diz em CPMI que Banco BMG frauda consignados desde 2005

Banco nega; investigação apura descontos de R$ 6,3 bilhões em aposentadorias

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 4 de setembro de 2025 às 14:00

Eli Cohen foi ouvido em CPMI
Eli Cohen foi ouvido em CPMI Crédito: Waldemir Barreto/Agência Senado

O advogado Eli Cohen afirmou, em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, na segunda-feira (1º), que o Banco BMG teria construído seu crescimento a partir de fraudes em empréstimos consignados contra aposentados e pensionistas. 

“O Banco BMG é o campeão das fraudes. O Banco BMG só existe, só saiu de quatro agências para ter o que é hoje só por conta do consignado das fraudes, e começou em 2005”, disse Cohen. O banco nega as acusações (leia mais abaixo). 

Convidado para prestar esclarecimentos, ele relatou que os dados dos aposentados eram repassados a empresas de telemarketing ligadas ao lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, e ao ex-vice-presidente do banco, Márcio Alaor de Araújo, para falsificação de adesões. “O Márcio Alaor é conhecido como o Papa do Consignado. Ele vem já desde 2005 fraudando, ao lado do BMG, os aposentados”, afirmou.

Segundo o advogado, os esquemas variavam, mas sempre com a ciência das instituições financeiras. “Quando estamos lidando com empréstimo consignado, então vem a relação de bancos que sabem que estão cometendo o crime e que fazem esses empréstimos consignados das mais variadas formas de fraude. Muito bem, esse é um estilo que perdurou de 2005 e que vem até hoje.”

A CPMI investiga irregularidades reveladas pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União em abril. O levantamento aponta descontos indevidos de aproximadamente R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

Márcio Alaor, citado no depoimento, hoje se apresenta em seu site como “especialista em consignado” e diretor do Departamento de Benefícios do PicPay. As redes sociais do executivo foram desativadas.

Banco nega

Em nota, o BMG repudiou as acusações de Cohen e afirmou que as declarações “não correspondem à verdade”. O banco destacou que os empréstimos consignados “sempre foram realizados dentro da legalidade” e que possui normas internas rigorosas.

A instituição acrescentou que instaurou procedimento interno para apurar eventuais irregularidades cometidas por terceiros e reforçou que está à disposição das autoridades para colaborar nas investigações. Leia na íntegra: 

"As afirmações feitas pelo Sr. Eli Cohen sobre o BMG não correspondem à verdade. O BMG, instituição com quase um século de existência e amplamente regulamentada e auditada, reafirma que jamais compactuou, praticou ou autorizou qualquer ilícito. O empréstimo consignado, instrumento legítimo e de enorme relevância social, sempre foi realizado de forma transparente e em estritos termos legais.

As normas internas do banco são rigorosas e orientadas para a integridade, a ética e a conformidade regulatória. Como demonstração de sua lisura, o BMG instaurou procedimento interno para apuração de eventuais irregularidades que possam envolver terceiros, como correspondentes ou sindicatos.

O BME está amplamente à disposição das autoridades competentes e colaborará integralmente para o total esclarecimento dos fatos."