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Faculdade expulsa 12 alunos de medicina por faixa com apologia ao estupro

Episódio ocorreu antes de uma partida de handebol, quando estudantes posaram ao lado de uma faixa com a frase “entra porra escorre sangue”

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 29 de abril de 2025 às 07:21

Alunos de medicina da Santa Marcelina com faixa
Alunos de medicina da Santa Marcelina com faixa Crédito: Reprodução

A Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo, desligou 12 estudantes do curso de medicina após a divulgação de uma imagem em que eles aparecem ao lado de uma faixa com conteúdo considerado apologia ao estupro. As informações foram divulgadas pelo Uol.

Outros 11 alunos também foram responsabilizados, mas com medidas disciplinares menos severas, incluindo suspensões e sanções internas, cujos detalhes não foram divulgados. A instituição não revelou os nomes dos envolvidos nem especificou as punições aplicadas.

A Atlética ligada aos cursos de saúde está suspensa por tempo indeterminado. Em nota, a faculdade afirmou estar comprometida com a ética, o respeito social e as leis vigentes, e reafirmou sua disposição em colaborar com as investigações.

O episódio ocorreu antes de uma partida de handebol, quando estudantes posaram ao lado de uma faixa com a frase “entra porra escorre sangue”. A imagem causou revolta entre alunos, professores e funcionários. Uma das pessoas presentes na foto seria uma integrante da própria Atlética.

De acordo com relatos, o grupo responsável pela Atlética organizou a confecção da faixa após um treino de futsal, com participação ativa dos membros veteranos. Inicialmente, a diretoria da Atlética tentou responsabilizar calouros pela iniciativa, mas posteriormente comunicou o afastamento do presidente e dos vice-presidentes da gestão 2025.

Entidades estudantis, como o Centro Acadêmico Adib Jatene, criticaram duramente o caso, classificando-o como incentivo à violência sexual. Segundo fontes internas, a frase utilizada teria sido retirada de uma antiga música entoada por estudantes e banida pela instituição em 2017. A letra da canção continha trechos explícitos de violência sexual e misoginia.

Histórico

Essa não foi a primeira denúncia do tipo envolvendo a Santa Marcelina. Em 2017, o Coletivo Feminista Francisca acusou a Associação Atlética Acadêmica Pedro Vital de usar um hino com conteúdo machista em festas universitárias. Após a denúncia, a música foi retirada de circulação por decisão da própria Atlética, embora a faculdade, à época, não tenha feito qualquer pronunciamento oficial.

Somente agora, após os novos acontecimentos, a instituição comentou sobre o caso de 2017, afirmando que não teve acesso formal à denúncia anterior. A diretora acadêmica, Lucimara Duarte Chaves, afirmou durante inquérito recente que desconhecia o conteúdo do hino. Ela assumiu o cargo meses depois da primeira denúncia.

A torcida universitária Sangue Azul e Amarelo, identificada como autora da música, só se pronunciou após o escândalo mais recente, afirmando não apoiar discursos de ódio nem atos que façam apologia à violência.