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Larissa Almeida
Publicado em 25 de julho de 2025 às 12:57
Um homem foi absolvido após passar quase 13 anos preso por um crime que não cometeu. Ele havia sido condenado a 50 anos de prisão por um duplo homicídio ocorrido em 2011, no Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, e só foi solto em março deste ano.>
A acusação afirmava que ele teria contribuído para que as vítimas permanecessem no local do crime. No entanto, não havia provas concretas, uma vez que a condenação se baseou apenas em suposições.>
Desde a prisão, em 2012, o homem negava envolvimento. Ele alegava que deixou o local após receber uma ligação, uma versão confirmada pela própria pessoa que fez o contato.>
Essas informações foram ignoradas no julgamento de 2015, que terminou com a condenação. A Defensoria Pública de Pernambuco sequer foi intimada da sentença, o que impediu o recurso no prazo legal.>
A falha só foi descoberta em 2020, durante atendimento no presídio pela defensora Mariana Resende, que interpôs apelação. O juiz negou o pedido inicialmente. O defensor Dennis Antônio Leite Borges reapresentou o recurso e apontou ilegalidades no processo. O magistrado, só então, reconsiderou a decisão.>
Em março de 2025, o Tribunal de Justiça de Pernambuco anulou a sentença anterior. Um novo júri foi realizado na semana passada e resultou na absolvição do réu.>