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Homens se passam por diretores de banco para aplicar golpes em empresários

Suspeitos marcavam reuniões com as vítimas em restaurantes de luxo

  • Foto do(a) author(a) Rede Nordeste, O Povo
  • Rede Nordeste, O Povo

Publicado em 13 de fevereiro de 2024 às 21:18

Suspeitos foram presos após golpe de R$ 1 milhão em uma procuradora aposentada do Tribunal de Contas do Tocantins
Suspeitos foram presos após golpe de R$ 1 milhão em uma procuradora aposentada do Tribunal de Contas do Tocantins Crédito: Polícia Civil de Goiás/Divulgação

Três homens fingindo ser diretores de grandes bancos estão sendo investigados pela Polícia Civil de Goiás sob a suspeita de aplicação de golpes financeiros em empresários e fazendeiros de vários estados do Brasil.

Os investigados andavam bem vestidos e agendavam reuniões com as vítimas de suas fraudes em espaços sofisticados e hotéis de luxo de Goiânia. Em alguns casos, se diziam diretores do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Segundo as investigações, os falsos diretores de banco praticavam o golpe desde 2018. Durante as reuniões com as vítimas, prometiam a liberação de empréstimos milionários em troca de uma porcentagem a título de comissão.

"A gente ainda não sabe [se eles levavam uma vida de luxo], porque eles eram discretos quanto a isso. Eles não mantinham redes sociais, mas sempre estavam muito bem trajados, alugavam espaços sofisticados", afirmou o delegado do caso, Daniel Oliveira, ao portal g1.

Sete vítimas foram identificadas em Goiás. Juntas, sofreram prejuízo financeiro de aproximadamente R$ 4,7 milhões. A Polícia Civil do Estado também confirmou pelo menos outras quatro vítimas no Distrito Federal.

Os suspeitos são Girlandio Pereira Chaves, de 49 anos, Gilberto Rodrigues de Oliveira, de 54, e Luciano Oliveira Gomes. Os dois primeiros foram presos de forma preventiva na última sexta-feira, 9, mas Luciano segue foragido.

Com Gilberto Rodrigues foram encontrados e apreendidos R$ 39,1 mil em espécie. Girlândio, o outro detido, estava sendo procurado pela Justiça do Espírito Santo após fugir, em 2016, quando recebeu progressão de pena para o regime aberto. Ele cumpria pena pelo crime de roubo qualificado.

Golpe contra procuradora

O delegado responsável pelo caso afirmou que a prisão do grupo ocorreu após um golpe que os três haviam aplicado, no fim do ano passado, contra uma procuradora aposentada do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins.

Na ocasião, a vítima havia solicitado um empréstimo de R$ 15 milhões. Para convencê-la de que o valor do empréstimo seria liberado, os golpistas entregaram uma bolsa de dólares falsos e fugiram com o dinheiro verdadeiro. A procuradora teve um prejuízo de R$ 1 milhão.

No Distrito Federal, o trio é investigado por aplicar um golpe de R$ 3,2 milhões. A Polícia Civil do DF chegou a cumprir mandados de busca e apreensão contra os homens em junho do ano passado, mas conseguiu encontrá-los.