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Da Redação
Publicado em 22 de março de 2024 às 21:34
A influencer Eduarda Lemes, de 23 anos, viralizou nas redes sociais ao mostrar a realidade de uma pessoa com acne severa para desmistificar a condição, evidenciar a realidade e acolher outras pessoas que passam pelo mesmo. No TikTok, Eduarda tem mais de 100 mil seguidores e vídeos que já bateram milhões de visualizações desde 2022. As informações são da revista Marie Claire.>
“Começou a surgir alguns comedões [também conhecidos como cravos] aos 9 anos, na região da testa. As crianças tinham o rosto sem sinal algum, e eu com a pele ‘pipocada’. Entre 11 e 12, vieram as acnes conglobatas, que tenho até hoje. E são essas as acnes que deixam cicatrizes na pele e são enormes”, disse Eduarda.>
Por conta da aparência, a jovem revelou que não gostava de tirar fotos com as amigas. As acnes então se tornaram motivo de preocupação na adolescência, momento em que Eduarda e os pais começaram a procurar médicos, em especial uma ginecologista.>
“Achávamos que poderia ser algo hormonal, mas não era. A situação estava bem complicada e me afetava bastante. Além da dor física, tinha a dor emocional. Muitos não sabem que uma pessoa com acne severa passa por diversas situações constrangedoras. Vivia com dor, todos os dias. Doía na hora de lavar o rosto, dormir, até mesmo a água que caía do chuveiro era incômoda e para abraçar alguém. Se eu andava pela casa e batia em alguma coisa, era terrível”, relata ela.>
Um dos motivos que a deixava ainda mais reclusa, era o bullying. “Ouvi alguém falar que quem namorasse comigo, era uma pessoa corajosa, porque ninguém se relacionaria com uma pessoa suja” complementou. >
Eduarda também ouviu diversos apelidos ofensivos em referência a sua acne. Foi assim que, após anos sem ver melhora na pele, ela criou coragem de ligar a câmera do celular e filmar sua rotina.>
“No começo, estava com medo, e não esperava essa proporção. Diariamente, recebo muitas mensagens, desabafos e pessoas compartilhando suas experiências com a acne. Me sinto uma motivação para os outros e acho incrível. Na minha época, eu procurava por referências, mas não existia. E é claro que também uso as minhas redes para informar, mostrar que acne não é algo só da adolescência e o quanto afeta quem tem. Recebo mensagens de mulheres com 45 anos ainda sofrendo com acne”, fala.>
Agora, Eduarda Lemos compartilha o seu novo tratamento, que começou há sete meses. “Os resultados começaram a aparecer cedo. Agora que iniciei, não quero parar. Claro que é um tratamento longo, eu não tenho previsão de alta e não sei quanto tempo pode durar. Ainda assim, ficam as cicatrizes, que serão tratadas depois”, finalizou.>