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Yan Inácio
Publicado em 1 de julho de 2025 às 19:26
O corpo da brasileira Juliana Marins chegou ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, no final da tarde desta terça-feira (1º). A informação foi divulgada pela Emirates, companhia aérea responsável pelo voo. >
Agora, a Força Aérea Brasileira (FAB) fará o translado do corpo para o Rio de Janeiro, onde a brasileira nasceu. Seu corpo será periciado novamente no Instituto Médico Legal (IML), com a presença de um familiar e um perito da polícia federal. A nova perícia foi solicitada pela família e determinada pela Justiça Federal.>
A decisão, que foi divulgada na manhã desta segunda-feira (30), acontece após os exames feitos no país onde a jovem se acidentou concluírem que a morte foi causada por ferimentos internos cerca de 20 minutos depois de uma queda.>
“Com o auxílio da Prefeitura de Niterói, acionamos a Defensoria Pública da União (DPU-RJ), que imediatamente fez o pedido na Justiça Federal, solicitando uma nova autópsia. [...] Acreditamos no Judiciário Federal Brasileiro e esperamos uma decisão positiva nas próximas horas”, escreveu a família em nota nas redes sociais.>
A autópsia da Indonésia, divulgada na última sexta-feira (27), concluiu que a causa da morte foi trauma torácico grave provocado por impacto de alta intensidade, o que levou a danos internos e uma hemorragia severa.>
Acusações de negligência>
A operação de traslado do corpo da brasileira que morreu durante trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, foi duramente criticada nas redes sociais. Internautas brasileiros acusaram as autoridades indonésias de lentidão e descaso. Comentários inundaram perfis da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarnas) e do presidente do país, Prabowo Subianto, questionando a demora no envio de helicópteros e a efetividade da equipe de salvamento.>
A família de Juliana também manifestou indignação. Por meio da conta @resgatejulianamarins no Instagram, representantes afirmaram que pretendem buscar por justiça. “Juliana sofreu negligência grave por parte da equipe de resgate. Se tivessem conseguido salvá-la dentro das sete horas estimadas, Juliana ainda estaria viva”, diz uma das postagens. “Juliana merecia mais! Agora buscaremos justiça.”>
As autoridades indonésias, no entanto, defenderam a atuação dos socorristas. O chefe do Parque Nacional do Monte Rinjani, Yarman Wasur, disse que o resgate seguiu os protocolos padrão e que o terreno difícil, aliado ao clima instável, atrasou a operação. “Rinjani é um local extremo, e a mudança constante do clima dificulta a ação da equipe”, afirmou.>