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Agência Brasil
Publicado em 1 de julho de 2025 às 21:49
A segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU), que começará as inscrições nesta quarta-feira (2), traz uma grande novidade: o número de mulheres que serão chamadas para a segunda etapa será igual ao de homens, tanto nas categorias em livre concorrência, como das de cotas. >
A decisão, segundo a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, levou em conta o fato de que, no último certame, embora as mulheres tenham sido maioria entre todas as pessoas inscritas (56,2%), elas foram minoria na segunda fase em sete dos oito blocos (as áreas dos concursos).>
A segunda etapa do concurso convoca um número de candidatos correspondente a nove vezes o número de vagas previstas.>
No concurso realizado em 2024, no dia da primeira etapa, já houve uma desistência de candidatas: elas representavam 54,6%, menos do que no ato da inscrição. Depois, apenas 39,3% foram para a segunda fase. A maior diferença, na última fase, entre os aprovados, foi no bloco E (tecnologia, dados e informação), em que ocuparam somente 8,4% entre os aprovados. >
A segunda maior diferença foi no bloco 6 (setores econômicos e regulação), em que elas representaram 25,7% entre as pessoas que ficaram com as vagas. Nas áreas de nível médio, foram aprovadas 26,2%. A única área com maioria de mulheres aprovadas foi o bloco 5 (educação, saúde, desenvolvimento social e direitos humanos), em que elas ficaram com 60,3% dos cargos. >
Política afirmativa>
Segundo a ministra, essa equiparação não deve ser considerada uma reserva de vagas, mas uma política afirmativa a fim de garantir inclusão e oportunidade de mais mulheres realizarem a segunda etapa. >
A decisão levou em conta que as mulheres são as pessoas a quem mais é delegado o cuidado dentro de casa. “A aprovação das mulheres foi mais concentrada na faixa etária entre 35 e 45 anos”.>
Outro cuidado previsto está no cuidado especial às mulheres em cursos de formação depois da aprovação. >
“Nos cursos que o ministério estava coordenando, a gente exigiu que tivesse uma sala de amamentação, uma sala para as crianças ficarem com algum responsável que pudesse cuidar delas”, disse a ministra.>