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Carol Neves
Publicado em 10 de outubro de 2025 às 09:14
O vídeo que mostra a “vingança brilhante” de Rafaela Bressan Dela Justina, de 28 anos, já ultrapassa 11 milhões de visualizações no TikTok. Na gravação, a jovem aparece espalhando glitter pelo apartamento e carro do ex-namorado depois de descobrir que teria sido traída. >
Segundo Rafaela, foram usados mais de 7 kg do material, que custa cerca de R$ 56 o quilo. “Para além de chorar as pitangas por causa de um chifre, eu queria me divertir também”, disse, acrescentando que a ideia era “dar um motivo para o namorado limpar melhor a casa” e proporcionar “uma dor de cabeça para ele”.>
Jovem jogou glitter no apartamento e carro do ex
A traição foi descoberta 17 dias após o término de um namoro que durou um ano. “Quando fui questioná-lo sobre a traição, uma das coisas que ele me disse é que eu poderia me vingar. Mas ficar com outra pessoa já não fazia sentido, pois não estávamos mais juntos. A única coisa que consegui pensar foi a situação com o glitter, que eu já tinha visto na internet, algo semelhante, e dei boas gargalhadas”, explicou ela ao portal G1.>
Rafaela e o ex começaram a se relacionar romanticamente após uma amizade de anos, que remontava à adolescência, aos 13 anos. Ela trabalha como bodypiercer e relatou que se aproximou dele em um período difícil de sua vida, marcado por divórcio, mudança de cidade e transição de carreira. “A aproximação dele me deixou confortável justamente por ser alguém que me conhecia há muitos anos e acompanhou todas as fases da minha vida”, disse.>
O término do relacionamento, segundo Rafaela, ocorreu por divergência de prioridades. “Eu busco, e cobro também, uma certa independência financeira da família, organização com o cumprimento de tarefas e com o ambiente em que vive. E, para ele, isso estava distante ou não era prioridade”, afirmou.>
Mas a atitude de Rafaela configura crime? Segundo advogados, a jovem poderia responder por dano material caso algum bem tenha sido danificado, como móveis, eletrônicos ou objetos pessoais. Além disso, ela poderia ser responsabilizada por violação de domicílio, se não tivesse autorização para entrar no apartamento, o que Rafaela nega.>
Mesmo sem Rafaela citar nomes ou mostrar rostos, pessoas próximas podem identificar a vítima, o que já seria suficiente para fundamentar um pedido de indenização por dano moral. O fato de o vídeo ter viralizado não aumenta a gravidade criminal da ação, mas pode ser considerado na esfera civil para avaliar a exposição da vítima.>