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Yan Inácio
Publicado em 5 de agosto de 2025 às 19:09
O júri responsável por julgar o policial militar Henrique Octávio de Oliveira Velozo, acusado de matar o lutador de jiu-jitsu Leandro Lo, foi dissolvido nesta terça-feira (5), após bate-boca entre acusação e defesa, no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona Oeste de São Paulo. O julgamento foi adiado para 12 de novembro. >
De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), o desentendimento entre as partes envolvidas no caso “impediu a continuidade dos trabalhos”. Essa é a segunda vez que o julgamento do acusado de ter matado o octa campeão de jiu-jitsu é adiado. A primeira sessão, marcada para 22 de maio, foi suspensa após pedido da defesa do policial.>
Leandro Lo Pereira do Nascimento tinha 33 anos quando levou um tiro na cabeça após uma discussão durante uma festa dentro do Clube Sírio, no bairro de Indianópolis, em São Paulo. O crime aconteceu na madrugada de 7 de agosto de 2022.>
Veja fotos de Leandro Lo, multicampeão de jiu-jitsu
Suspeito de atirar, Henrique teve a prisão decretada no fim da tarde daquele mesmo dia. Ele se entregou à Corregedoria no início da noite, e está preso desde 2022, no Presídio Romão Gomes, na capital paulista. Ele continua recebendo seu salário de tenente da PM.>
Segundo o advogado da família, Ivan Siqueira Junior, o lutador discutiu com o policial e, para tentar contê-lo, imobilizou o homem. Após se afastar, o policial sacou uma arma, atirou na cabeça do lutador, deu dois chutes nele já caído no chão e fugiu. Leandro chegou a ser socorrido, mas morreu. Leandro Lo foi campeão mundial de jiu-jítsu por oito vezes. A última conquista dele na categoria meio-pesado foi no ano em que morreu.>