Mãe deu sedativo a menina que foi encontrada morta dentro de lixeira no RS

Criança tomou medicamento sem prescrição; mãe está presa

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Publicado em 14 de agosto de 2024 às 18:17

Kerollyn Souza Ferreira tinha 9 anos
Kerollyn Souza Ferreira tinha 9 anos Crédito: Reprodução

A mãe da pequena Kerollyn Souza Ferreira, de 9 anos, confessou que deu sedativo sem prescrição médica à criança, horas antes da garota ser encontrada morta em um contâiner de lixo em Guaíba, cidade na região de Porto Alegre (RS). A investigação aponta que a criança teria ingerido 1 grama de clonazepam, remédio usado para ansiedade e casos de pânico, entre outros, além de risperidona - esse último medicamento com receita. A polícia ainda apura a causa da morte da criança.

Em depoimento, Carla Carolina Abreu Souza disse que ela também teria ingerido o clonazepam. Depois de tomar o remédio, ela e a filha foram dormir. Por volta das 7h, quando acordou, ela disse que viu que a menina não estava em casa. A mãe então voltou a tomar mais medicamento e voltou a dormir. 

O clonazepam faz parte dos remédios benzodiazepínicos, que inibem várias funções do sistema nervoso. Ele é usado para tratar, entre outros, transtornos de ansiedade, síndrome de pânico e epilepsia. Doses altas podem causar sedação, levando até a ficar em coma e morte. Ele tem uso controlado por receita. 

Carla está presa de maneira temporária desde sábado,  suspeita de ser responsável pela circunstância que levou à morte da filha. 

A Polícia Civil diz que a investigação já demonstrou que a menina sofria várias violências dentro de casa. A criança vivia negligenciada, sem agasalhos adequados no tempo frio, tinha condições de higiene abaixo do ideal, pedia comida a vizinhos e pegava alimentos também no lixo, do mesmo contêiner em que foi encontrada. Além disso, a mãe medicaria a menina de maneira incorreta, alegando que ela "surtava".