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Chega a 222 o número de mortes de cavalos por suspeita de ração contaminada; saiba qual é

Ministério da Agricultura determinou o recolhimento da ração

  • Foto do(a) author(a) Wendel de Novais
  • Wendel de Novais

Publicado em 5 de julho de 2025 às 20:03

Cavalos apresentaram desorientação e alterações de comportamento
Cavalos apresentaram desorientação e alterações de comportamento Crédito: Reprodução

Depois do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) determinar o recolhimento de todos os produtos destinados a equídeos fabricados pela empresa Nutratta Nutrição Animal Ltda, chega a 222 o número cavalos em cinco estados diferentes devido a casos relacionados a ração contaminada.

Ao todo, foram registradas 83 mortes em São Paulo, 69 mortes no Rio de Janeiro, 65 no estado de Alagoas, quatro em Goiás e uma em Minas Gerais. Além disso, há 195 notificações adicionais que ainda estão sendo investigadas.

De acordo com uma nota divulgada pelo ministério na última quinta-feira (3), esses animais mortos teriam consumido rações produzidas pela Nutratta, que está localizada em Itumbiara, Goiás. A empresa, por sua vez, divulgou comunicados afirmando que está investigando os casos e que segue todos os critérios estabelecidos pelo governo brasileiro.

A primeira denúncia sobre o assunto foi feita no dia 26 de maio. Desde então, o ministério realizou duas fiscalizações na fábrica, que produz rações para cavalos e outros ruminantes.

"Durante as inspeções foram constatadas irregularidades que motivaram a suspensão cautelar da atividade de fabricação de todas as rações da empresa", afirmou a pasta. O ministério suspendeu a comercialização de todos os produtos elaborados pela Nutratta, à medida que mais informações sobre as mortes eram obtidas com as investigações.

Há ainda outras 195 notificações de casos suspeitos sendo investigadas, incluindo 40 no sudoeste da Bahia, 70 em Goiânia, 34 em Jarinu (SP), 10 em Santo Antônio do Pinhal (SP), 18 em Uberlândia (MG), 8 em Guaranésia (MG), 8 em Jequeri (MG) e 7 em Mariana (MG).

De acordo com o governo, a apuração dos casos é difícil pela falta de comunicação formal via Ouvidoria, que é o canal oficial para registro das denúncias. Outro fator é a natureza dos sintomas apresentados pelos animais, que podem surgir tardiamente, após a interrupção do uso da ração. Por isso, não há um número preciso do total de mortes. A contaminação é marcada por insuficiência hepática seguida de piora repentina.

No dia 7 de junho, a Nutratta emitiu um comunicado nas redes sociais afirmando que havia iniciado uma apuração rigorosa dos fatos e que estava colaborando com os órgãos de controle. Ainda segundo a empresa, não havia qualquer evidência de contaminação ou falha nos produtos destinados à bovinocultura. Em relação à linha equina, a empresa afirmou que a fábrica havia sido interditada pelo Ministério da Agricultura e que todas as exigências estavam sendo cumpridas.

No dia 19, a fabricante publicou uma nova nota, informando que o governo determinara o recolhimento de todos os lotes de ração para cavalos fabricados a partir de novembro de 2024. "Com mais de uma década de atuação no mercado prezando pela segurança alimentar, a Nutratta está tratando os fatos com extrema seriedade e se solidariza com todos os criadores que foram impactados nesse momento difícil."