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Morre aos 49 anos Marcelo VIP, um dos maiores golpistas do Brasil

História do golpista, que chegou a se passar por filho do fundador da Gol, virou filme com Wagner Moura

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 10 de dezembro de 2025 às 10:35

Marcelo VIP
Marcelo VIP Crédito: Reprodução

A trajetória de golpes, prisões e fugas que transformou Marcelo Nascimento da Rocha em um personagem nacional chegou ao fim nesta semana. Conhecido como Marcelo VIP - nome que ganhou após enganar celebridades e empresários ao longo de duas décadas - ele morreu aos 49 anos, em Curitiba, em decorrência de complicações causadas por uma cirrose. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo.

Nos últimos anos, após deixar o cárcere, Marcelo buscava reconstruir a própria história como palestrante e escritor. Antes disso, acumulou condenações por estelionato, falsidade ideológica, associação ao tráfico de drogas e até roubo de avião. Ao todo, foram mais de 34 anos de penas somadas, ao menos 12 prisões e seis fugas. Parte desse período foi cumprido na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.

Marcelo VIP por Reprodução

A fama que o transformou em um dos golpistas mais conhecidos do Brasil surgiu no início dos anos 2000. Em outubro de 2001, durante o Recifolia, no Recife, Marcelo assumiu a identidade de Henrique Constantino, apontando-se como filho de Nenê Constantino, fundador da Gol Linhas Aéreas. A encenação o levou a conceder entrevista a Amaury Jr., circular de helicóptero e posar com artistas globais. Na ocasião, chegou a afirmar que o segredo da empresa era “quitar aeronaves, e não realizar leasing”.

A audácia do golpe chamou atenção do país e serviu de base para diversas produções. A jornalista Mariana Caltabiano transformou a vida dele no livro “VIPs: histórias reais de um mentiroso”, escrito a partir de entrevistas concedidas pelo golpista enquanto estava preso. Em 2011, a história chegou às telas com o filme VIPs, protagonizado por Wagner Moura.

Após progredir de regime em 2014, Marcelo passou a cumprir pena em casa, monitorado por tornozeleira eletrônica — não havia vagas disponíveis no semiaberto. Ele ainda foi novamente preso em 2018, acusado de falsificar documentos para avançar de regime.

Natural do Paraná, Marcelo estava há mais de 15 anos sob acompanhamento do advogado e amigo Nilton Ribeiro, que confirmou sua morte. Nas redes sociais, Ribeiro escreveu: “Um cliente que se tornou um grande amigo. Hoje nos despedimos do incrível Marcelo Vip”.

O velório está marcado para esta tarde, em São José dos Pinhais (PR).

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