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Morre o ator Francisco Cuoco, aos 91 anos, nesta quinta-feira (19)

Ele estava internado há 20 dias em decorrência de complicações com um ferimento infeccionado

  • Foto do(a) author(a) Monique Lobo
  • Monique Lobo

Publicado em 19 de junho de 2025 às 17:26

Francisco Cuoco
Francisco Cuoco Crédito: Reprodução

O ator Francisco Cuoco morreu, nesta quinta-feira (19), aos 91 anos. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos.

Cuoco estava sedado há 20 dias, quando chegou na unidade de saúde. Ele teve complicações causadas por um ferimento infeccionado e agravadas pela idade, segundo informou a irmã do artista, Grácia, com quem ele morava, em entrevista à Folha. O ator deixa os três filhos Rodrigo, Diogo e Tatiana.

Há duas semanas, ele foi tema de uma das edições do programa "Tributo", da Rede Globo, que celebrou a sua carreira. Em 2023, durante uma entrevista para a série "No Corre", também da Globo, Cuoco revelou que seu estado de saúde estava fragilizado. Falou também que estava pesando 130 kg e com dificuldades de locomoção, além do uso de uma sonda nasal. 

Feirante, ator e galã

Um dos maiores galãs da televisão brasileira, Cuoco marcou a história da dramaturgia com papéis como o de Cristiano Vilhena, em 'Selva de Pedra' (1972), o de Carlão, na primeira versão de 'Pecado Capital' (1975); o de Herculano Quintanilha, também na primeira versão de 'O Astro' (1977) - na segunda, ele viveu Ferragus Ferraz -, e o de Olavo da Silva, na novela 'Passione' (2010).  Seu trabalho mais recente foi interpretando a si mesmo, na novela Salve-se Quem Puder (2020). Ao todo, ele fez mais de 70 trabalhos na televisão, mais de 30 no teatro e 11 produções no cinema.

Cristiano Vilhena, em 'Selva de Pedra' (1972) por Acervo Globo

Francisco Cuoco nasceu em 1933 e viveu com a família no bairro do Brás, na capital paulista. O local, que hoje é famoso pelo comércio popular, foi um reduto de italianos na cidade.

Estudou na Escola de Arte Dramática, que hoje integra a Universidade de São Paulo (USP). Ainda na década de 1950, trabalhou como feirante ao lado do pai. Em 1958, fez sua estreia no teatro ao lado de Fernanda Montenegro com o espetáculo "A Muito Curiosa História da Virtuosa Matrona de Éfeso".

Em 1959, ao lado também de Fernanda Montenegro e de nomes como Fernando Torres (1927-2008), Sérgio Britto (1923-2011), Gianni Ratto (1916-2005) e Ítalo Rossi (1931-2011), fez parte da companhia Teatro dos Sete.

Foi premiado como melhor ator coadjuvante, em 1964, pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) por sua atuação na peça "Boeing-Boeing". No mesmo ano, estreou nas novelas, em "Marcados Pelo Amor", na TV Record.

Seu primeiro protagonista veio com "Redenção" (1966), onde viveu Dr. Fernando Silveira. O papel deu início ao perfil de galã que ele consolidou ao longo das décadas de trabalho.

Em 1970, Cuoco fez seu primeiro trabalho na Rede Globo. Viveu Vitor Mariano, o protagonista da novela "Assim na Terra Como no Céu". Daí em diante, colecionou sucessos na emissora.

A dedicação à televisão o afastou do teatro, até 2004, quando retornou com o espetáculo "Três Homens Baixos".

No cinema, participou de produções como "Cafundó" (2005), "Traição" (1998) e Gêmeas (1999). Em entrevistas, chegou a dizer que recebeu poucos convites para participar de filmes e recusou alguns deles.

Francisco Cuoco também gravou dois discos, um de canções românticas, intitulado "Solead" (1975), e outro de músicas católicas e orações, chamado "Paz Interior".