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Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2023 às 16:02
O Ministério Público do Paraná vai investigar o ex-PM Evandro Guedes que, durante uma aula que ministrava em um curso preparatório para concursos, incentivou a violação sexual de mulheres mortas. As imagens viralizaram nas redes sociais nesta semana, apesar de não se saber de quando elas são. >
Em nota divulgada pelo jornal O Globo, o MP-PR afirmou que as imagens serão incluídas num inquérito civil em andamento na 12ª Promotoria de Justiça de Cascavel, no oeste do estado, onde o curso tem sede.>
O caso já era investigado pela promotoria. Ainda segundo o MP-PR, em falas feitas durante aulas ministradas na instituição, "há manifesta violação de direitos, preconceito, reiterado discurso de ódio e incitação à prática de crimes".>
"O vídeo reproduzido em rede social em 4 de dezembro (com exemplo em aula, ministrada em data bem anterior, de suposta violação sexual de mulher morta) chegou ao conhecimento da 12ª Promotoria de Justiça no dia 5 de dezembro e será inserido no inquérito civil já em tramitação", diz a nota do MP, numa referência às declarações de Evandro Guedes.>
No vídeo, vandro Guedes falava sobre o crime de vilipêndio de cadáver, para o qual o Código Penal prevê pena de um a três anos de detenção, além de multa.>
“Imagina você que é virgem e passa para o cargo de técnico de necropsia de nível médio. Aí você está lá e vem uma menina do ‘Pânico na TV’ morta. Meu irmão, com aquele ‘rabão’. E ela infartou de tanto tomar ‘bomba’ na porta do necrotério. Duas da manhã, não tem ninguém, quentinha ainda. O que você vai fazer? Vai deixar esfriar? Meu irmão, eu assumo o fumo de responder pelo crime”, diz o professor de Direito Penal.>
Ele continua: "Meu irmão, o difícil vai ser você arrumar uns travesseiros porque comer ela de bruços não dá. Tem que botar de quatro. Então, você bota um monte de travesseiros. Bota ela toda torta lá, irmão. Daquele jeito, ela fica meio durinha. Vai assim, e só por Deus, cara. Como vai endurecendo tudo, deve ficar bom demais. E come até a parte da manhã", dispara Guedes.>
Guedes afirmou se tratar de um exemplo "fictício" para ilustrar uma situação do direito penal. Já o curso AlfaCon disse, em nota, que o vídeo "está em total desacordo com as diretrizes" da empresa e foi retirado da plataforma. A equipe do curso prometeu apurar o caso.>