Não é possível dizer se idoso morreu antes ou depois de chegar ao banco, aponta laudo

O laudo também indica que a morte do idoso foi por broncoaspiração de conteúdo estomacal e falência cardíaca

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Publicado em 17 de abril de 2024 às 18:36

O laudo também indica que a morte do idoso foi por broncoaspiração de conteúdo estomacal e falência cardíaca Crédito: Reprodução

O laudo da morte de Paulo Roberto Braga, emitido pelo Instituto Médico Legal (IML), aponta que não é possível afirmar se o idoso estava vivo ou morto ao entrar na agência bancária no Rio de Janeiro. O aposentado foi levado ao banco pela sobrinha e cuidadora, Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, nesta terça-feira (16) para sacar um emprestimo de R$ 17 mil que estava pré aprovado. Ela foi presa em flagrante.

O documento indica que a morte do idoso foi por broncoaspiração de conteúdo estomacal e falência cardíaca. O laudo diz também que depende de exames complementares para determinar se houve algum tipo de intoxicação.

Apesar do laudo não afirmar o momento em que o idoso faleceu, a polícia acreditar que ele estava morto havia duas horas. Segundo o delegado Fábio Luis, titular da 34ª DP, livores cadavéricos - acúmulos de sangue decorrentes da interrupção da circulação- encontrados na nuca do cadáver indicam que morreu deitado. Se o óbito ocorresse eqnuanto ele estava sentado no banco do carro ou na cadeira de rodas, haveria livores nas pernas. No entanto a perícia inicial não encontrou manchas nos membros inferiores.

Érika Nunes está presa por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver. A cuidadora foi submetida a exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML), na manhã desta quarta-feira (17). O motorista de aplicativo que transportou Erika e Paulo já foi ouvido na delegacia.

Investigação

Imagens de câmeras de segurança com o trajeto da sobrinha com o idoso até o banco estão sendo analisadas pela polícia, que acredita que Roberto ja estava morto na chegada ao shopping onde fica o banco. A defesa de Érika contesta a versão da polícia e afirma que o idoso chegou vivo à agência.

A advogada Ana Carla de Souza Correa afirma que a cliente tem um laudo psiquiátrico. “A senhora Érika faz um tratamento psicológico, toma remédios controlados. Fez tratamento bariátrica e precisa de tratamento psicológico”, disse. Sobre Érika pode não ter percebido que Paulo Roberto estava morto ela disse: “Acredito que ela estava em surto naquele momento por causa dos medicamentos. Ela estava visivelmente alterada”.