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Yan Inácio
Publicado em 28 de abril de 2025 às 19:05
A onça-pintada que atacou e matou o caseiro Jorge Avalo, de 60 anos, na região de Touro Morto, no interior do Mato Grosso do Sul segue em recuperação no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) em Campo Grande e não deve retornar à natureza. >
Em boletim médico divulgado nesta segunda-feira (28), um ultrassom abdominal demonstrou que apesar de alterações agudas no fígados e rins do animal, os órgãos não apresentam insuficiência. Além de uma gastroenterite, os resultados de exames coletados também indicaram que o felino apresenta um quadro de anemia leve.>
Ainda segundo a última atualização do estado de saúde da onça, um ultrassom abdominal mostrou alterações agudas no fígado e nos rins do animal, neste momento, "não indicam insuficiência dos órgãos". A equipe de veterinários também identificou uma alteração inflamatória do aparelho digestório (gastroenterite) do felino.>
De acordo com a CNN, a onça deve ser encaminhada a uma instituição mantenedora de fauna preparada para recebê-la e será incorporada ao Programa de Manejo Populacional da Onça-Pintada, coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).>
Na semana passada, um dos boletins médicos emitidos também apontava que a onça apresentava desidratação, alterações hepáticas, renais e gastrointestinais, além de estar cerca de 26 quilos abaixo do peso considerado normal.>
Relembre o caso>
O caseiro Jorge Avalo, de 60 anos, foi atacado e morto por uma onça-pintada na região de mata de Touro Morto (MS), a cerca de 230 km de Campo Grande. Ele foi morto na segunda-feira (21) e seu corpo foi localizado na terça (22).>
Jorge foi atacado enquanto tentava coletar mel em um deck próximo da mata. Moradores da região relatam que o ataque foi repentino e que um homem que localizou a vítima encontrou marcas de sangue e vestígios da presença do animal. >
Os restos mortais da vítima foram encontrados seguindo as trilhas deixadas pelo animal na mata. O corpo era arrastado pela onça por mais de 50 metros quando os agentes chegaram ao local.>