Pandemia da Covid-19 completa 4 anos e Brasil vive nova onda de casos

O  país ultrapassou pela 2ª vez a marca de 70.000 novos casos em uma única semana em 2024

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Publicado em 11 de março de 2024 às 21:15

Aplicação da vacina bivalente contra a covid-19 no posto móvel de vacinação
Aplicação da vacina bivalente contra a covid-19 no posto móvel de vacinação Crédito: Rovena Rosa/Agência Brasil

Em 11 de março de 2020, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, anunciou que o mundo estava sob uma pandemia de Covid-19. Nesta segunda-feira (11), quatro anos depois, a doença causada pelo coronavírus não provoca hoje tantas mortes quanto no início. No ano passado, em maio, a mesma OMS declarou fim da emergência em saúde pública, mas uma nova onda de contaminações levou a um aumento de casos nas últimas semanas.

Segundo dados do governo brasileiro, através do Ministério da Saúde, de 25 de fevereiro a 2 de março, o país ultrapassou pela 2ª vez a marca de 70.000 novos casos em uma única semana em 2024. No mesmo período, 253 pessoas morreram em decorrência da doença.

Ao todo, são 710.427 mortos no Brasil desde o início da pandemia. No total, 38.592.310 diagnósticos de covid foram confirmados no período. Apesar do alerta, a vacinação avançada e o controle da doença foram fundamentais para que os estados flexibilizassem medidas.

A primeira vacina aplicada no Brasil contra a Covid-19 foi a CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan e pela Sinovac. A aplicação aconteceu no dia 17 de janeiro de 2021, mesma data em que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso emergencial do imunizante.

A partir daí, outros imunizantes foram aprovados para uso no Brasil, como a vacina da AstraZeneca/Fiocruz/Oxford, a Cominarty, da Pfizer/BioNTech, e a vacina da Janssen/Johnson & Johnson. A maioria, com exceção da Janssen, que é de dose única, funciona no esquema de duas doses, sendo recomendadas doses de reforço com as vacinas atualizadas.

Já a vacina bivalente, produzida pela Pfizer, é avaliada pelos cientistas como fundamental para proteger também contra a cepa Ômicron. Em 2023, a Anvisa aprovou a atualização da vacina monovalente para proteção contra a variante XBB 1.15. Em março deste ano, a agência também autorizou o registro da Spikevax monovalente, da Adium, representante da farmacêutica Moderna no Brasil, outra opção de proteção para a variante recente.

Apesar do encerramento do estado de emergência em saúde pública, a OMS nunca decretou o fim da pandemia. Também nunca fez previsões de quando isso poderá acontecer. “A covid-19 pode já não ser a crise aguda que era há dois anos, mas isso não significa que possamos ignorá-la”, disse Tedros Adhanom no ano passado.

O Ministério da Saúde atualmente recomenda que o grupo de pessoas com problemas imunológicos, idosos e gestantes seja vacinado a cada seis meses. Para a população em geral, a recomendação é que a vacina seja aplicada anualmente.

Em Brasília, o Senado Federal inaugurou, há dois anos, um memorial dedicado às vítimas da pandemia da Covid-19. O espaço fica na parte superior do auditório Petrônio Portella, no anexo II do Senado, em Brasília, e tem estruturas que simbolizam velas numa referência à reflexão e acolhimento de familiares e amigos dos quase 710 mil mortos pela covid-19, em números atuais.