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'Perdi meu amor, meu companheiro de vida', diz viúva de médico que morreu afogado ao tentar salvar as filhas

Família vive em Brasília e estava de férias no Paraná, quando ocorreu o afogamento

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 24 de dezembro de 2025 às 18:35

Médico morre afogado ao tentar salvar filhas no mar
Médico morre afogado ao tentar salvar filhas no mar Crédito: Reprodução

Era para ser mais uma viagem de férias em família, mas acabou em tragédia. Viúva do médico psiquiatra Aníbal Okamoto Júnior,, 38 anos, que morreu afogado enquanto tentava salvar as duas filhas no mar na Praia Brava de Matinhos, no litoral do Paraná, Suhelen Castro descreveu a dor causada pela morte do marido em uma mensagem publicada nas redes sociais. "Perdi meu amor, meu companheiro de vida”. No relato, ela ressalta ainda que as filhas do casal não conseguem aceitar ainda a despedida e tentam compreender a ausência do pai.

 “Elas só conseguem chorar, porque perderam o melhor pai que poderiam ter”, escreveu. O afogamento ocorreu por volta das 18h do último domingo (21), perto das pedras de um espigão, fora da área de cobertura dos guarda-vidas. A família vive em Brasília e estava de férias no Paraná. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, a vítima entrou no mar com as filhas, de 9 e 12 anos, que conseguiram sair pelas pedras, enquanto ele passou a ter dificuldades. O velório ocorreu nesta quarta-feira (24), no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul.

Médico morre afogado ao tentar salvar filhas no mar por Reprodução

A morte precoce gerou forte comoção entre colegas de profissão, amigos, pacientes e instituições ligadas à saúde mental no Distrito Federal. Anibal atuava há mais de dez anos no Caps Ad Santa Maria, na capital federal. "Profissional exemplar, ético, humano e comprometido com o cuidado aos pacientes e com o serviço público, o Dr. Aníbal deixa um legado de dedicação e competência, fazendo imensa falta aos colegas, pacientes e a toda a comunidade", diz a nota emitida pelo local.

O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) também lamentou a morte do médico por meio de uma nota, destacando a trajetória marcada pelo compromisso com o cuidado, a escuta e o acolhimento. "Profissional dedicado à psiquiatria, Dr. Anibal construiu uma trajetória marcada pelo compromisso com o cuidado, a escuta e o acolhimento, deixando uma contribuição relevante para a medicina e para todos que tiveram a oportunidade de conviver com seu trabalho e sua humanidade...que sua memória permaneça viva por meio do legado profissional e humano que deixa".

Em diversas homenagens, profissionais que conviveram com Aníbal durante a residência e ao longo da carreira destacaram sua postura humana e ética. “Ele sabia quando alguém não estava bem”, escreveu uma colega. “Sempre calmo, paciente e disponível.” Mensagens publicadas por instituições de saúde mental ressaltaram que o legado do médico ultrapassa a prática clínica. “Sua bondade, humanidade e acolhimento permanecerão vivos em tudo o que ensinou e em cada pessoa que tocou”, diz uma das notas de despedida.

Em mensagens emocionadas, amigos e profissionais da área ressaltaram o impacto que Aníbal teve na vida de pacientes e alunos ao longo da carreira. “Mais do que um excelente psiquiatra, ele foi um ser humano raro”, diz uma das homenagens publicadas. “Ele sabia quando alguém não estava bem”, escreveu uma ex-colega de residência. “Sempre calmo, paciente e acolhedor.”

O afogamento

Um surfista que estava no local no momento do afogamento prestou os primeiros socorros e ajudou a vítima até a chegada do resgate. O médico foi levado de helicóptero para a UPA de Praia Grande, mas não resistiu aos ferimentos. A morte foi confirmada na unidade e será investigada pela Polícia Civil do Paraná. De acordo com a apuração preliminar, ele morreu afogado, sem sinais de violência. No entanto, só com o laudo pericial será possível confirmar a causa da morte.