PF prende fazendeiro que ameaçou 'atirar na barriga' de Lula

O suspeito disse aos policiais que também participou dos atos de 8 de janeiro, em Brasília

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  • Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2023 às 21:28

null Crédito: ©Marcelo Camargo/Agência Brasil

O fazendeiro André Luiz Teixeira da Silva foi preso em flagrante pela Polícia Federal, em Santarém, no Pará, na tarde desta quinta-feira (3), pela suspeita de ameaçar e incitar um atentado contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo as investigações, André Luiz teria ameaçado dar um tiro em Lula e chegou a pesquisar a respeito do hotel no qual Lula irá se hospedar em Santarém, nesta sexta-feira (4). O presidente deve Lula ficar no estado até o dia 9 por conta da Cúpula da Amazônia. A informação foi divulgada pela jornalista Daniela Lima, da Globonews.

"Enquanto realizava a compra, o homem teria dito que daria um tiro na barriga do presidente e perguntado aos presentes se sabiam onde ele se hospedaria quando fosse ao município", disse a PF em nota.

"Durante as diligências, os investigadores encontraram um comprovante de compra e venda de um imóvel na região no valor de R$ 2,5 milhões. Conforme o suspeito, ele seria fazendeiro e também já trabalhou como garimpeiro", divulgou a PF.

O suspeito disse aos policiais que também participou dos atos de 8 de janeiro, em Brasília, e que teria invadido o salão verde da Câmara dos Deputados, segundo o blog da Daniela Lima. O fazendeiro disse ainda que esteve nas manifestações em frente ao 8º Batalhão de Engenharia de Construção, em Santarém, durante 60 dias e que financiou a manifestação com R$1 mil todos os dias.

Segundo o Uol, o fazendeiro responderá pelo crime de ameaça, artigo 147 do Código Penal, que prevê detenção de um a seis meses ou multa, e também será enquadrado no artigo 15 da Lei nº 1.802/1953, que trata dos crimes contra o Estado e Ordem Política e Social.

O artigo em questão diz que é crime "incitar publicamente ou preparar atentado contra pessoa ou bens, por motivos políticos, sociais ou religiosos". A pena prevista é de reclusão de 1 a 3 anos.