Planeta novo no Sistema Solar? Brasileiro faz parte de possível achado

A descoberta foi compartilhada em revista de publicação científica. Brasileiro faz parte da dupla responsável por indicação de possível novo planeta

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Publicado em 21 de fevereiro de 2024 às 20:32

Um planeta hipotético pode se tornar parte do Sistema Solar
Um planeta hipotético pode se tornar parte do Sistema Solar Crédito: Divulgação/Patryk Sofia Lykawka

As órbitas de objetos transnetunianos (TNOs), ou seja, itens específicos localizados além de Netuno, podem ser indicativos da existência de um planeta não descoberto no Sistema Solar exterior.

Essa é a afirmação proposta em artigo publicado no The Astronomical Journal no final de 2023 pela dupla Patryk Sofia Lykawka, um brasileiro, e o japonês Takashi Ito. Os astrofísicos descrevem um planeta que possuiria 1,5 a 3 vezes o tamanho da Terra.

O artigo argumenta que os TNOs, situados no Cinturão de Kuiper, são capazes de revelar informações importantes sobre a formação e evolução dinâmica dos planetas gigantes.

Como parte de sua pesquisa, os cientistas utilizaram simulações computacionais de corpos para investigar os efeitos de um hipotético planeta do Cinturão de Kuiper na estrutura orbital dos objetos transnetunianos.

Planeta novo no Sistema Solar? O que isso significa

Em seu resultado, Lykawka e Ito determinaram que “um planeta semelhante à Terra, localizado em uma órbita distante e inclinada, pode explicar três propriedades do distante Cinturão de Kuiper”.

A conclusão da dupla destaca a existência de um planeta ainda não descoberto no extremo exterior do sistema solar, mas adiciona que “um conhecimento mais detalhado da estrutura orbital no distante Cinturão de Kuiper pode revelar ou descartar a existência” do astro hipotético.

“Primeiro, o Sistema Solar oficialmente teria nove planetas novamente. Além disso, assim como ocorreu em 2006 com a reclassificação de Plutão, precisaríamos aprimorar a definição de ‘planeta’”, relata Lykawka para a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), sua alma mater.

“Já que um planeta massivo localizado muito além de Netuno provavelmente pertenceria a uma nova classe”, completa.