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Professor tem carro alvejado por dez tiros após ser acusado de abusar sexualmente de três alunos

O docente foi denunciado após uma das vítimas, uma criança de 4 anos, contar para a mãe sobre os abusos que vinha sofrendo na escola

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 24 de agosto de 2025 às 17:42

Professor tem carro alvejado por dez tiros após ser acusado de abuso sexual de três alunos
Professor tem carro alvejado por dez tiros após ser acusado de abuso sexual de três alunos Crédito: Reprodução

Um professor de 49 anos que é alvo de denúncias de abuso sexual envolvendo ao menos três alunos da escola municipal onde dá aulas de música, em Patos de Minas,  no Alto Paranaíba, teve o carro atingido por cerca de dez tiros na noite desse sábado (23). A polícia não divulgou o nome do investigado por estupro de vulnerável contra crianças. Os tiros acertaram as portas, capô, teto e vidros do veículo.

Segundo informações da Polícia Militar (PM), o carro foi atingido por disparos de arma de fogo no bairro Jardim Centro. Estojos e projéteis de calibre 9 mm foram encontrados perto do local e a polícia suspeitou que os disparos tenham partido de um dos apartamentos de um prédio vizinho. As informações são do G1

Durante as buscas, os militares identificaram o possível atirador, um homem de 40 anos, que estava embriagado e resistiu à abordagem. Ainda de acordo com a PM, no apartamento do suspeito foram encontradas cápsulas deflagradas, além de carregadores, uma pistola calibre 9 mm desmontada, munições intactas e porções de maconha e cocaína. O homem foi preso, passou por avaliação médica e foi levado à Delegacia de Polícia Civil.

A Polícia Civil informou, em nota divulgada na tarde deste domingo (24), que instaurou procedimento para apurar as denúncias. A investigação está sob responsabilidade da Delegacia Especializada de Atendimento à Criança, que já apreendeu celular, coletou provas periciais e realizou escutas com as vítimas. Sobre o ataque ao veículo do investigado, a PC reforçou que a prática de retaliação é considerada crime.

"Ataques desta natureza são caracterizados como crime, não sendo admitido pelo ordenamento jurídico 'justiça com as próprias mãos', devendo ser evitadas, pois impedem um julgamento justo a todo cidadão". A corporação ainda esclareceu que o professor investigado não foi preso em flagrante, pois os fatos teriam ocorrido em data anterior ao registro do boletim de ocorrência e não havia elementos suficientes para comprovar o crime. Alertou ainda sobre a divulgação de informações não confirmadas nas redes sociais, como o número de vítimas, que não corresponde aos dados apurados até o momento.

O docente foi denunciado após uma das vítimas, uma criança de 4 anos, contar para a mãe sobre os abusos que vinha sofrendo na escola. A mulher havia notado mudança de comportamento da criança e, ao questioná-la, dizendo que ela poderia confiar e que elas poderiam compartilhar segredos uma com a outra, a menina contou que o professor a tocava de forma inadequada e introduzia objetos como lápis e faca na região anal. As informações constam no boletim de ocorrência registrado na quinta-feira (21).

A filha disse ainda que era ameaçada pelo professor, que afirmava que, se contasse sobre os abusos, ele deixaria de dar aulas de música - atividade que ela gostava muito de participar na escola. O homem foi afastado das funções assim que a escola soube da denúncia. Ainda conforme o boletim de ocorrência, após saber da situação, a mãe não permitiu que a filha voltasse à escola e a levou na quinta-feira até um hospital da cidade para que exames fossem feitos.

A criança também contou para a mãe que o professor mantinha comportamentos semelhantes com outras crianças. Por isso, a PM foi até a residência de um menino e uma menina, indicados como outras supostas vítimas dos abusos. Na casa de uma delas, a mãe da criança relatou que a vítima vinha reclamando de fortes dores na região íntima e que já havia sido diagnosticada com infecção urinária.

A criança foi levada ao hospital, mas não relatou abuso por parte do professor. Disse apenas que ele a abraçava com frequência e a colocava sentada em seu colo. Mas no atendimento médico, segundo a PM, foi constatado inchaço na região íntima. Na casa da terceira criança, a mãe negou que tenha visto ferimentos no corpo do filho, mas que ele tem apresentado resistência em ir à escola. Ela foi orientada a levá-lo para receber atendimento médico e constatar os possíveis abusos.

A partir dos relatos, os militares abordaram o professor e o prenderam, mas ele foi liberado em seguida. O investigado negou as acusações e afirmou não ter conhecimento de nenhuma queixa. Em nota, a Prefeitura de Patos de Minas afirmou que, ao tomar conhecimento da denúncia, determinou a instauração imediata de procedimento interno para apuração dos fatos.

 "A Prefeitura de Patos de Minas manifesta total repúdio em relação à grave denúncia de estupro de vulnerável envolvendo servidor da rede municipal de ensino. Assim que tomou conhecimento do fato, a administração determinou imediata instauração de procedimento na Corregedoria-Geral do Município, para apuração rigorosa e ágil dos fatos".

A nota informa ainda que o servidor já foi afastado das funções. "Ressaltamos que serão adotadas demais medidas administrativas cabíveis em relação ao denunciado, assegurando o devido processo legal. Por se tratar de situação extremamente sensível, não serão divulgadas informações adicionais neste momento", informa o comunicado emitido pela gestão municipal.