Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Perla Ribeiro
Publicado em 9 de outubro de 2025 às 15:08
Quatro pessoas foram internadas em estado grave, em Patrocínio, no Alto Paranaíba, em Minas Gerais, após ingerirem a Nicotiana glauca, uma planta tóxica conhecida como "falsa couve". O caso foi registrado na quarta-feira (8), e a intoxicação ocorreu durante um almoço em família em uma chácara na zona rural. >
Uma mulher de 37 anos, em estado mais grave, sofreu parada cardiorrespiratória durante o atendimento médico. Uma criança de 2 anos também foi internada. Ela não ingeriu a planta, mas permanecerá em observação. As quatro pessoas passaram mal assim que comeram a planta. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foi acionado para apoio no atendimento. Após a chegada da equipe, três homens, de 49, 60 e 67 anos, também entraram em parada cardiorrespiratória.>
Segundos informações do Corpo de Bombeiros, as vítimas sentiram mal-estar, dormência na perna, falta de força muscular, dificuldade de respirar e visão prejudicada. A mulher que sofreu a parada cardiorrespiratória teve o quadro dela revertido pelos militares e foi levada para o Pronto Socorro Municipal. Ainda de acordo com informações do Corpo de Bombeiros, a família se mudou recentemente para a chácara e acreditava que a planta era um pé de couve, devido à semelhança com o vegetal. Os moradores da casa prepararam a planta refogada e serviram no almoço.>
Conhecida como charuteira ou tabaco-arbóreo, a Nicotiana glauca é uma planta extremamente tóxica. Em entrevista ao G1, a professora doutora Amanda Danuello, especialista em química de produtos naturais da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), informou que a planta contém uma substância chamada anabazina, um alcaloide que pode causar paralisia muscular, respiratória e até levar à morte. Por isso, não deve ser consumida em nenhuma hipótese.>
A secretária de Saúde de Patrocínio afirmou que a pasta acompanha o caso. "Nossa equipe da Vigilância Sanitária atuou imediatamente assim que deram entrada na UPA e na Santa Casa, para que pudéssemos ofertar um cuidado de forma rápida. Infelizmente, eles ainda estão em estado grave", disse a secretária de Saúde de Patrocínio, Luciana Rocha.>