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Ruptura atmosférica traz chuvas que podem ultrapassar 100 mm neste final de julho

Durante o fim de semana, a previsão é de reforço na instabilidade

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 25 de julho de 2025 às 13:46

Chuva em São Paulo
Chuva  Crédito: Paulo Pinto/ Agência Brasil

Após um início de julho marcado por tempo seco e pouca chuva, o clima volta a mudar no Sul do Brasil. A partir desta sexta-feira (25), a região começa a registrar o retorno das instabilidades típicas do inverno, com previsão de precipitações mais frequentes e, em alguns pontos, volumosas. A informação é da MetSul Meteorologia.

A mudança ocorre após semanas de um bloqueio atmosférico que impedia a chegada de frentes frias ao Sul. Esse bloqueio funcionava como uma barreira de ar seco e frio, inibindo a formação de chuvas. Com o enfraquecimento dessa barreira, o cenário começa a se transformar, permitindo o avanço de áreas de instabilidade sobre os estados da região.

Entre o final de junho e esta semana, o tempo seco predominou mesmo durante o mês que, historicamente, é o mais chuvoso do ano no Rio Grande do Sul. Em Porto Alegre, por exemplo, a média histórica de chuva para julho é de 163,5 mm, mas até a manhã de quinta-feira (24), haviam sido registrados apenas 36,6 mm. No interior, os índices são ainda menores: Caxias do Sul acumulou só 18,5 mm, cerca de 10% do esperado.

O déficit hídrico também foi sentido em Santa Catarina e no Paraná, onde o tempo seco predominou. Agora, com a mudança no padrão, as chuvas já retornam nesta sexta, especialmente entre o norte gaúcho e o centro-sul paranaense. Santa Catarina e parte do Paraná devem concentrar a maior parte da instabilidade nesse primeiro momento, com pancadas isoladas no Rio Grande do Sul.

Durante o fim de semana, a previsão é de reforço na instabilidade. O sábado deve ter chuva em boa parte do território gaúcho, com registros mais isolados nos demais estados. No domingo, o tempo fecha de vez: a chuva se espalha por quase toda a região Sul e também deve atingir áreas do Mato Grosso do Sul.

Chuva em Salvador por Arisson Marinho/CORREIO

A tendência é que a instabilidade avance ainda mais no início da próxima semana, alcançando estados do Sudeste como São Paulo, sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro. No Sul, os acumulados mais altos são esperados no Rio Grande do Sul, onde algumas áreas podem registrar entre 50 mm e 100 mm até o final do mês. Em certos pontos, os volumes podem ultrapassar essa marca.

Apesar do retorno da chuva, a MetSul não aponta risco elevado de enchentes neste momento. No entanto, alagamentos pontuais em áreas urbanas não estão descartados, especialmente no domingo, quando a chuva deve cair com mais força.

Além da quebra do bloqueio atmosférico, o cenário climático atual está sendo influenciado por fenômenos globais chamados de teleconexões, como o El Niño. Esses sistemas de larga escala ajudam a explicar mudanças no padrão do tempo em diversas regiões do planeta.