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Da Redação
Publicado em 9 de novembro de 2022 às 14:09
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná expediu um parecer afirmando que o senador eleito Sergio Moro (União Brasil) precisa apresentar novamente sua prestação de contas de campanha devido a inconsistências nos dados.>
O relatório, assinado na segunda-feira (7), afirma que a campanha de Moro deixou de anexar na prestação final de sua candidatura registros da movimentação financeira e comprovantes dos gastos feitos.>
O ex-juiz da Lava Jato foi eleito com quase 2 milhões de votos. A campanha arrecadou R$ 5,1 milhões, a maior parte por meio de financiamento público. Seus maiores gastos foram com a contratação e um escritório de advocacia por R$ 800 mil e com R$ 426 mil com táxi aéreo.>
O parecer da Justiça cita a falta de comprovante de devolução de sobras de campanha à direção partidária. Moro foi intimado a se manifestar.>
Além disso, técnicos também apontam problemas na declaração de gastos com data posterior ao fim da eleição. Há despesas com agência de viagens nove dias depois do primeiro turno.>
Cita também divergências entre o valor de despesas declaradas e os valores que constam em notas fiscais eletrônicas de gastos eleitorais. Há também despesas consideradas omitidas, que somam R$ 6.000.>
O parecer aponta falta de identificação de CPF ou CNPJ de doadores e o descumprimento de prazos para a declaração de gastos nas primeiras semanas de campanha.>
Questionado pela Folha de São Paulo, Moro afirmou que o relatório da Justiça Eleitoral no Paraná é padrão em prestações de contas e natural neste período de pós-campanha, e que há um prazo de três dias para resposta.>